Dados do Trabalho


Título

Disparidades regionais no perfil epidemiológico do câncer de próstata entre os anos de 2017 e 2022

Resumo

Introdução:Neoplasias malignas continuam como importante causa de morbimortalidade no mundo. O câncer de próstata é o 2º mais comum em homens,porém,pouco debatido entre não profissionais da saúde. A evolução é lenta, muitas vezes diagnóstico tardio e em fases sintomáticas. O rastreio é por PSA e toque retal, preconizado pela Sociedade Brasileira de Urologia, e biópsia em caso de alteração.Uma pesquisa do IBGE em 2019 demonstrou que, entre os adultos usuários regulares dos serviços de saúde, 41,1% são da região Sudeste contra 6,8% do Norte. Objetivo:Descrever e analisar o perfil epidemiológico da mortalidade e internações decorrentes por neoplasia maligna da próstata.Metodologia:Trata-se de um estudo epidemiológico, com dados obtidos a partir do endereço eletrônico do Departamento de Informática do SUS/DATASUS, CID 10 - C61 por local de internação.Analisou-se taxas de mortalidade e números de internações nas cinco regiões brasileiras, a partir dos 45 anos de idade e entre 2017 e 2022. Resultado:Os dados obtidos pela média da taxa de mortalidade e número de internações dos anos de 2017 a 2022,em cada região e em homens a partir dos 45 anos,foram:922,5/14,21%-Norte;8.025/8,51%-Nordeste;16.565/9,31%-Sudeste;4.910/11,19%-Sul;1.847/11,48%-Centro-Oeste.Também foram analisados os mesmos determinantes nos anos individualmente e 4 das 5 regiões apresentaram maior taxa de óbito em 2021 e 2022. As disparidades examinadas podem ser explicadas por aspectos,como:desigualdade regional do acesso à saúde, gerando baixa assistência em determinados grupos, e o estigma do exame de toque retal, originando receio e corroborando em todos os índices apresentados.Devido a mistificação e falta de informação,juntamente com baixa participação da população masculina na Atenção Primária à Saúde (APS),o homem pode negligenciar sua saúde, tornando o diagnóstico tardio e o prognóstico pior, elevando os casos de morte. Além disso, as maiores taxas de óbito em 2021 e 2022 podem ser atribuídas à pandemia, na qual reduziu a busca por ajuda pelos sintomas não relacionados à COVID-19. Conclusão:São necessárias ações para enfrentar disparidades regionais e obter maior participação do homem na APS, visando maior adesão, promoção à saúde e redução de mortalidade. A participação dos profissionais de saúde é de suma importância,pois,como lidam diretamente com o preconceito, deverão estar aptos para desconstruí-los.


Área

Câncer de próstata localizado

Instituições

PUC - SP - São Paulo - Brasil, Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP - Minas Gerais - Brasil

Autores

MARIANNA SILVA DEZEMBRO LEONELO, Pedro Henrique Martins de Oliveira, Guilherme Ricardo Nunes Silva, Josias Torres de Siqueira Filho, João Victor Fuzeta Peres, Mateus Sampaio Serrano, Victor Hugo Oliveira Martins Coelho, Leonardo de Campos, José Diogo Cantarelli, Brunno Cezar Framil Sanchez