Dados do Trabalho

Título

ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DO CANCER DE PROSTATA NA REGIAO METROPOLITANA DE RECIFE

Resumo

O câncer de próstata constitui uma importante causa de morbimortalidade em nosso país, sendo uma doença muito comum entre os homens. Nesse sentido, no Brasil, é o câncer mais comum entre o sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, de acordo com os dados de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em 2019, foi responsável pela morte de aproximadamente 13% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino (DATASUS). Além disso, de acordo com o INCA, o tumor de próstata ocupa a segunda posição do ranking de mortalidade masculina no Brasil, com 15.841 mortes em 2020. Desse modo, o objetivo do presente trabalho é conhecer a incidência e dados de morbimortalidade do CaP na população da Região Metropolitana de Recife entre os anos de 2015 e 2019.
Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo e exploratório com dados de incidência, morbidade, mortalidade e letalidade por local de residência do DATASUS em decorrência do câncer de próstata. Quanto ao período e o local do estudo, foram analisados os anos entre 2015 e 2019 dos 14 municípios pertencentes à Região Metropolitana de Recife (RMR), Pernambuco, Brasil.
Durante os anos de 2015 a 2019 ocorreram um total de 3647 internações devido a neoplasia maligna de próstata na RMR, e que se apresentaram de forma crescente ao longo do período. Dessa forma, a taxa de incidência de CaP também cresce ao longo do tempo, tendo um crescimento de aproximadamente 68% no período. Além disso, no mesmo período, foram registrados 134.379 óbitos, sendo 21.929 por neoplasias e, dentre estes, 1519 foram por neoplasia maligna de próstata, caracterizando 6,93% das mortes por neoplasias. Ademais, foi observado uma clara predominância de mortes acima de 50 anos, que crescem em número conforme o avançar da idade. No que compete à raça, 56,66% dos óbitos foram de pacientes negros ou pardos e 40,09% foram de pacientes de raça branca. O índice de letalidade nos anos de 2015 a 2019, na RMR, foi de 41,65%. De forma geral, a taxa de mortalidade de CaP foi de 82,1 a cada 100.000 habitantes.
Nesse tocante, ficou claro que a taxa de incidência e o número de internações aumentaram durante os cinco anos analisados, enquanto os números de morte por CaP permaneceram relativamente constantes. Desse modo, uma atenção maior para os aspectos mórbidos dessa doença precisam ser levados em conta na elaboração de ações de saúde a nível municipal.