Dados do Trabalho


Título

IMPACTO NA MORTALIDADE POR NEOPLASIA DE PROSTATA NO ESPIRITO SANTO APOS 30 ANOS DE PSA E RECOMENDAÇOES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA (SBU) AO RASTREAMENTO DA DOENÇA

Resumo

Estudos apontam benefícios no rastreamento. Evidenciam redução na mortalidade desta neoplasia e outras doenças, além de reduzir o estadiamento avançado no diagnóstico. Esta análise observa o impacto na mortalidade da população após a introdução dos exames de PSA na prática clínica e recomendações da SBU ao rastreamento populacional, assim como fomentar políticas públicas de saúde. O estudo foi realizado com dados sócio demográficos encontrados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e das taxas de mortalidade no Atlas de Mortalidade por Câncer encontrado no site do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A população estimada para o Estado do Espírito Santo é 4.108.508 pessoas no ano de 2022 sendo 49,22% homens e 12,46% maiores de 50 anos (idade recomendada ao rastreamento do câncer de próstata sem levar em consideração fatores de risco). Cerca de 252.000 homens teriam que ser submetidos aos exames de rastreamento do câncer de próstata por ano em nosso Estado. Considerando que em nosso Estado 71,2% da população é dependente do SUS, aproximadamente 180.000 consultas/ano no sistema público de saúde somente para esse fim. A mortalidade do câncer de próstata em 1990 foi de 8,02 em 100.000 homens. Houve um incremento anual dessas taxas, com tendência de subida, até o ano de 2008 atingindo 16,75 homens/100.000. A partir daí, observamos uma redução discreta dessas taxas até o ano de 2020 onde atingiu 12,1 homens/100.000. Ao se comparar as taxas de 2020 e 1990, 30 anos de realização de exames de PSA e recomendações ao rastreamento da neoplasia não observamos melhoria, sendo o final da série histórica maior que seu início. Estudos estimam que para se evitar uma morte por neoplasia de próstata é necessário examinar 1000 homens em idade de rastreamento e claramente não temos empregado nossos recursos a fim de se realizar a quantidade necessária de exames para se impactar positivamente na redução das taxas de mortalidade ao longo dos anos. Como conclusão, é necessário um maior empenho dos urologistas estimulando e oferecendo o rastreamento da neoplasia de próstata atuando inclusive em parceira com a atenção primária à saúde e o Estado deve se preparar para atender o incremento na demanda dos exames e tratamento da doença, buscando no futuro, a redução das taxas de mortalidade.

Área

Complicações do tratamento oncológico

Instituições

Faculdade Brasileira - Multivix - Espírito Santo - Brasil

Autores

CARLOS HENRIQUE SEGALL JUNIOR, SERGIO RIGUETE ZACCHI, LOURENO CEZANA, ANA GABRIELA TRESSMANN ANDRADE, ANA CAROLINA NASCIMENTO BERTOLLO, MATHEUS SANTA CLARA PRADO, ISABELA SILVA BARBIERI, CAROLINA SILVA DE MARTINS