Dados do Trabalho

Título

CANCER DE PROSTATA E QUALIDADE DE VIDA APOS CIRURGIA ROBOTICA

Resumo

INTRODUÇÃO: O Câncer de próstata é a segunda neoplasia mais frequente do sexo masculino. Um dos principais tratamentos é a prostatectomia radical, que apresenta baixas taxas de complicação com auxílio da cirurgia robótica. No entanto, as complicações cirúrgicas mais prevalentes são a incontinência urinária e deterioração do funcionamento sexual, que afetam diretamente a qualidade de vida do paciente.
METODOLOGIA: Foram utilizados artigos dos últimos 5 anos com livre acesso à internet, encontrados na plataforma PubMed, a partir dos termos MeSH “prostatic neoplasm”, “quality of life”, e “robotic surgical procedures”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Albisinni et al avaliaram 584 pacientes submetidos a prostatectomia laparoscópica assistida por robô (RALP). Os resultados sugerem que sintomas relacionados à incontinência urinária e ao funcionamento sexual permaneceram deteriorados.
Karagiotis et al avaliaram a qualidade de vida de 2871 pacientes 24 meses após prostatectomia radical assistida por robô (RARP). Concluiu-se que os pacientes tendem a apresentar qualidade de vida estável ou até melhorada após RARP bem-sucedida, porém até um terço dos pacientes pode apresentar deterioração.
Da Cruz et al avaliaram os sintomas relacionados ao trato urinário baixo de pacientes submetidos à RARP, em um prazo de 12 meses após o procedimento. Constatou-se, pelo IPSS (International Prostate Symptom Score), que, a princípio, os pacientes apresentaram piora na incontinência urinária, mas com boa recuperação subsequente, apresentando resultados ainda melhores que no pré-operatório. O primeiro sintoma a melhorar foi a dificuldade de iniciar a micção, seguido pelos sintomas de esvaziamento incompleto da bexiga e de armazenamento. A perda urinária avaliada pelo ICIQ (International Consultation on Incontinence Questionnaire), no entanto, não atingiu os escores pré-operatórios.
Wang et al analisaram os benefícios que cuidados de enfermagem prolongados proporcionam aos pacientes submetidos à RALP. Concluiu-se que a intervenção contínua de cuidados de enfermagem, como orientação dietética e exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico, melhoraram significativamente os sintomas urinários e a qualidade de vida dos pacientes.
CONCLUSÃO: A técnica cirúrgica robótica, aliada a cuidados continuados da equipe de enfermagem, pode proporcionar melhores resultados em qualidade de vida para o paciente.