Dados do Trabalho
Título
ACHADOS RADIOLOGICOS DO CARCINOMA DE URETRA FEMININA E SEUS PRINCIPAIS METODOS DIAGNOSTICOS E TERAPEUTICOS
Resumo
O carcinoma de uretra é um tumor raro em homens e mulheres, correspondendo a cerca de 1% de todos tumores malignos. A sintomatologia geralmente está presente nos casos mais avançados, tornando desafiador o diagnóstico precoce da doença. O carcinoma de uretra na mulher é classificado em anterior, que é isolado ao terço distal da uretra, e total, no qual há envolvimento do terço anterior e dois terços distais da uretra. A ressonância magnética é o exame de maior acurácia para avaliação da uretra e possíveis patologias relacionadas. A RM ponderada em T2 permite a demarcação da anatomia zonal concêntrica em cada um dos três planos ortogonais, exibidos como anéis alternados hiper e hipointensos. No entanto, a aparência de alvo da uretra normal em imagens axiais ponderadas em T2 será interrompida em lesões em estágio II. Nos estágios III e IV da doença, a diferenciação das lesões uretrais primárias daquelas da vulva ou da vagina pode ser difícil. Para o diagnóstico de neoplasias uretrais, o padrão-ouro é a uretrocistoscopia diagnóstica com biópsia, sendo possível também a realização de ultrassonografia transvaginal de alta resolução, ressonância magnética multiplanar de alta resolução e tomografia para estadiamento local e avaliar metástases à distância. Na ressonância magnética, os tumores de origem de células escamosas ou células de transição são os mais comuns e se apresentam como lesões hipointensas em T1WI e hipointensas/com sinal intermediário em T2WI e realce heterogêneo. Para o diagnóstico ser confirmado é necessária a realização da biópsia da lesão. As lesões distais podem ser simplesmente extirpadas para diagnóstico tecidual, no entanto, os tumores proximais podem ser mais desafiadores para biópsia. Várias técnicas foram descritas, incluindo cistoscopia com fórceps de biópsia ou abordagem transuretral/percutânea. Nos tumores de uretra anterior, a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha, sendo considerada a ressecção endoscópica ou a terapia a laser para pequenos tumores uretrais distais e a radioterapia e/ou braquiterapia pode ser uma alternativa. Já nos tumores de uretra posterior, o tratamento cirúrgico pode incluir cistectomia, uretrectomia, histerectomia, ooforectomia e linfadenectomia pélvica estendida, e a adição de ressecções vulvares ou vaginais também pode ser necessária para obter margem negativa.
Área
Câncer de Testículo e Tumores raros
Instituições
HOSPITAL UNIVERSITARIO DE BRASÍLIA (HUB-UNB) - Distrito Federal - Brasil
Autores
LETICIA RIBOLLI ROPKE, MARCELLA RESENDE MONTEIRO DO PRADO, JOYCE FREIRE GONCALVES DE MELO