Dados do Trabalho

Título

FADIGA RELACIONADA AO CANCER APOS TRATAMENTO DE CANCER UROTELIAL: UMA REVISAO SISTEMATICA

Resumo

A fadiga relacionada ao câncer é um sintoma comum em pacientes submetidos ao tratamento do câncer urotelial, prejudicando
significativamente a qualidade de vida e a capacidade funcional desses indivíduos. Embora o tratamento aumente substancialmente as taxas de sobrevida, a fadiga relacionada ao cancer pode impor um sério desafio para os pacientes, sendo importante identificar os fatores de risco e a prevalência dessa condição. Assim,realizamos uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane Library desde o janeiro de 2010 até janeiro de 2023. Os descritores utilizados na busca foram "fadiga relacionada ao câncer", "câncer urotelial", "tratamento", "prevalência" e "fatores de risco". Foram utilizados os operadores booleanos "AND" e "OR" para combinar os termos de busca de forma adequada e ampliar ou restringir os resultados.A análise estatística foi realizada utilizando o programa RevMan 5.4. Foram incluídos estudos observacionais que avaliaram a fadiga relacionada ao câncer após o tratamento de câncer urotelial e forneceram dados sobre a prevalência e/ou fatores de risco associados a esse sintoma.Foram excluídos estudos que não estavam disponíveis em inglês ou português, bem como aqueles que não atenderam aos critérios de inclusão pré-definidos.A busca inicial identificou 325 estudos, sendo que 12 foram incluídos na revisão. A prevalência de fadiga após o tratamento de câncer urotelial variou de 17% a 77% entre os estudos incluídos. A análise estatística mostrou que o sexo feminino (OR 1,77; IC 95% 1,01-3,12), a idade avançada (OR 1,42; IC 95% 1,01-2,00), o estágio avançado do tumor (OR 2,46; IC 95% 1,13-5,38) e o tratamento com quimioterapia (OR 3,33; IC 95% 1,85-6,00) foram fatores de risco significativos para o desenvolvimento de fadiga após o tratamento de câncer urotelial. Logo, a fadiga relacionada ao cancer é uma complicação comum após o tratamento de câncer urotelial e afeta uma proporção significativa de pacientes.Os resultados desta revisão sugerem que o sexo feminino, a idade avançada, o estágio avançado do tumor e o tratamento com quimioterapia são fatores de risco importantes. Por conseguinte, esses resultados podem ajudar a identificar pacientes de alto risco para a fadiga após o tratamento de câncer urotelial e a desenvolver estratégias de prevenção e tratamento adequadas.