Dados do Trabalho
Título
PREVALENCIA DE INTERNAÇOES POR NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA EM PACIENTES JOVENS NA REGIAO SUL DO BRASIL
Resumo
Neoplasia maligna de bexiga é um tipo de câncer mais prevalente em idosos, mas capaz de afetar todas as faixas etárias, sendo sua relação com pacientes jovens ainda pouco descrita na literatura. O rastreamento e o diagnóstico de tal neoplasia em estágios iniciais, quando ainda é tratável, é um importante fator para um melhor desfecho clínico do doente. Nesse contexto, este estudo visa analisar o perfil epidemiológico das Internações por neoplasia maligna de bexiga na região sul do Brasil, com enfoque na prevalência em pacientes jovens. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, descritivo acerca das internações por neoplasia maligna de bexiga dos estados que compõem a Região Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no período de 2020 a 2022. Os dados foram reunidos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) na seção “Sistema de Informações Hospitalares do SUS”, sendo reunidos aqueles que discorriam sobre o caráter da internação; a faixa etária; a cor/raça e o sexo do paciente. As informações foram agrupadas nos 3 anos em questão a partir das 4 variáveis citadas e analisadas para se estabelecer um panorama das internações no período. Para este trabalho, foram considerados jovens pacientes menores de 60 anos e idosos pacientes com 60 anos ou mais. No intervalo de tempo analisado, contabilizaram-se 12.470 internações. O maior número de casos ocorreu no ano de 2022 (35,4%), seguido por 2020 (32,71%). A maioria pertencia à etnia caucasiana (85,64%) e ao sexo masculino (69,78%). A faixa etária de 70 a 79 anos foi a mais afetada (32,48%), seguida pela faixa de 60 a 69 anos (32,39%). Pacientes com menos de 60 anos representaram 19,45% das internações neste período. Predominaram as internações de caráter eletivo, representando 57,8% dos casos. A média de permanência foi de 4,0 dias e a taxa de mortalidade foi de 6,53%. Assim, com a análise apresentada, é possível concluir que embora se evidencie o predomínio do quadro clínico em questão nas faixas etárias acima de 60 anos, é expressivo o número de casos em pacientes jovens. Por fim, o mapeamento desses dados possibilita o direcionamento de políticas públicas para o melhor atendimento dos pacientes com neoplasia maligna de bexiga, entendo as necessidades diferenciadas na internação de jovens e idosos acometidos com essa doença na região sul do país.
Área
Câncer de bexiga
Instituições
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
YASMIN DE FRANÇA, VINÍCIUS KAYSER, ISABELA FACHINETTO THOEN, FELIPE JORGE MARQUES CARVALHO DA COSTA, ROBERTA RAHAL DE ALBUQUERQUE , GABRIEL PEREIRA BERND, GABRIELA PEREIRA MACELARO, PEDRO HENRIQUE FILIPIN VON MUHLEN