Dados do Trabalho

Título

ANALISE DA INCIDENCIA DE CANCER DE RIM ENTRE 2010 E 2018 NO BRASIL

Resumo

O câncer de rim está, atualmente, entre os três tipos mais frequentes de câncer do trato genitourinário, respondendo por 3% das patologias malignas que acometem o indivíduo adulto, principalmente entre os 50 e 70 anos. O adenocarcinoma de células claras é o subtipo mais comum, responsável por cerca de 85% dos diagnósticos. Dentre os principais fatores de risco ligados a esse câncer, encontra-se o tabagismo e a hipertensão. Dessa forma, torna-se necessário maiores estudos para compreender a incidência de câncer renal, sobretudo na população de 20 a 50 anos, que pode estar apresentando uma prejudicial subnotificação. O objetivo do presente estudo é analisar a incidência do câncer de rim na população brasileira no período de 2010 a 2018, com enfoque comparativo baseado em faixa etária e gênero dos pacientes. O estudo epidemiológico foi realizado a partir de uma minuciosa análise de dados comparativa, obtidos a partir da plataforma de Registro de Câncer de Base Populacional do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), utilizando-se o CID10 C.64, sexo feminino e masculino, faixa etária de 20 a 70 anos e período de 2010 a 2018. Percebeu-se, entre 2010 e 2015, uma elevação anual constante nos dados absolutos, de 1.253 para 3.888 novos casos de câncer renal, além de números próximos a 6.270 casos no ano de 2018. É possível que o maior número de casos confirmados tenha se dado, principalmente, pelo rastreio e diagnóstico precoces, o que garante uma maior chance de tratamento e resultado efetivo ao paciente. Em relação à faixa etária, notou-se uma predominância de casos em pacientes acima de 50 anos, com até 3 vezes mais incidência quando comparado a adultos jovens. E em relação ao gênero, viu-se uma maior incidência de câncer renal em pacientes do sexo masculino, na proporção de 1,72:1,00 em 2010 e 1,40:1,00 em 2018, em relação ao sexo feminino, possivelmente justificado pelos hábitos de vida ligados ao tabagismo, hipertensão e obesidade, que são fatores predisponentes ao câncer. Com o aumento nos casos de câncer renal diagnosticados no país, torna-se válido incentivar maiores estudos na área e investimentos no setor primário de saúde, visando estimular o diagnóstico precoce, reduzir a subnotificação dos casos e propiciar tratamento integral aos pacientes acometidos pela doença.
Palavras-chave: Brasil; Câncer renal; Incidência.