Dados do Trabalho


Título

ASSOCIAÇAO DE MICROLITIASE E TUMOR TESTICULAR

Resumo

INTRODUÇÃO
Microlitíase testicular é uma condição incomum caracterizada ecograficamente por pequenos focos hiperecoicos, oriundas de formação de calcificações em células em degeneração situadas nos túbulos seminíferos, as quais não produzem sombra acústica posterior. A microlitíase é um achado incidental com prevalência de aproximadamente 3 a 5% em homens assintomáticos de 18 a 40 anos. Diferentes estudos destacam que a presença de malignidade testicular é maior em pacientes com microlitíase clássica do que naqueles sem microlitíase.

MATERIAL E MÉTODOS
Em arquivos de três hospitais universitários foram revisados prontuários de 11 pacientes com diagnóstico ecográfico de microlitíase testicular.

RESULTADOS
Todos os pacientes (faixa etária de 19 a 43 anos) apresentaram microlitíase testicular bilateral sendo que em três pacientes foi diagnosticado associação com formações expansivas nodulares intratesticulares confirmado como neoplasias testiculares, sendo unilateral em dois casos e bilateral e sincrônico em um paciente.

DISCUSSÃO
A microlitíase testicular é incomum e seu aspecto é bastante característico, sendo identificada em 0,6 a 5,6% das ecografias testiculares. Visto que a associação de neoplasia com microlitíase testicular existe, a conduta de avaliações ecográficas periódicas de pacientes com microlitíase deve ser estabelecida; soma-se a este fato que na maioria dos casos em que surgir uma neoplasia esta será unilateral o que permite preservar o outro testículo; nesta condição a avaliação periódica também deve ser considerada pois o risco de desenvolvimento tumoral no testículo preservado aumenta de forma considerável. A exemplo do caso identificado em nossa série a presença de tumor sincrônico constitui condição rara que muda a conduta terapêutica nesta condição.

CONCLUSÃO
O advento da ultrassonografia tem permitido a identificação cada vez mais precisa de microlitíase testicular. A importância encontra-se na maior incidência de neoplasias nesta condição; portanto diante do diagnóstico inicial de microlitíase testicular deve-se estabelecer uma estratégia de vigilância ultrassonográfica persistente por vários anos, visando a identificação precoce do surgimento de nódulos tumorais testiculares.

Palavras Chave

MICROLITÍASE TESTICULAR TUMOR TESTICULAR ULTRASSONOGRAFIA TESTICULAR

Área

Câncer de testículo

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA - UFTM - UBERABA - MG - Minas Gerais - Brasil, FACULDADE DE MEDICINA - UNIUBE - UBERABA - MG - Minas Gerais - Brasil

Autores

LEONARDO CUNHA GONÇALVES, LUIZA CUNHA GONÇALVES, ADRIANA RODRIGUES CUNHA, ELMAR GONZAGA GONÇALVES