Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NO BRASIL ENTRE 2016 E 2021

Resumo

Introdução: O câncer de bexiga é a neoplasia geniturinária mais frequente na população. A incidência dessa neoplasia vem crescendo nos últimos anos, em vista de seus fatores de risco, principalmente o tabagismo. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a neoplasia de bexiga encontra-se na sétima posição em incidência entre homens e em oitavo entre as mulheres e possui uma maior incidência após os 60 anos de idade. Quando diagnosticada, pode-se dar seguimento com: radioterapia, quimioterapia, cirurgia e imunoterapia, sendo usadas de forma isolada ou associada. Objetivo: Expor de forma quantitativa os casos de pacientes diagnosticados com neoplasia maligna de bexiga no Brasil, entre 2016 e 2021. Método: Estudo descritivo epidemiológico, sendo adquirido os dados através da plataforma TabNet Datasus referente a apuração de diagnósticos de neoplasia de bexiga, aplicando as variáveis: diagnóstico detalhado, modalidade terapêutica e sexo, além disso, demarcaram-se as buscas para os anos de 2016 a 2021. Resultados: Entre 2016 a 2021 foram diagnosticados 30.612 casos de neoplasia maligna de bexiga, dos quais, 21.803, aproximadamente 71% do total foram de pacientes masculinos, frente aos 8.809 do sexo feminino, o que constata, de forma pujante, a predominância de homens para essa enfermidade. É relevante referir a queda no número de diagnósticos em 2021, em torno de 50%, de 7057 pacientes em 2020 para 3541 casos no ano seguinte. Ainda, na modalidade terapêutica utilizada, percebe-se que a cirurgia é o método mais comum a ser aderido, cerca de 61% do total, uma ampla diferença se comparada com quimioterapia, radioterapia e ambas modalidades em conjunto (quimioterapia e radioterapia), 17%, 2% e 0,1%, respectivamente. Por fim, o dado surpreendente diz respeito ao número de pacientes em que não constam informações referentes à modalidade utilizada, cerca de 20% do total, o que denota uma precariedade de dados que, se fossem usados da forma correta, auxiliariam no direcionamento mais assertivo de tratamento. Conclusão: Em vista do apresentado, a alta incidência da neoplasia de bexiga nos últimos anos, principalmente no sexo masculino, expressa significativa relevância, tanto pela exposição aos fatores de risco, como pela deficiência nos diagnósticos e protocolos de rastreamento da neoplasia em indivíduos predispostos, mostrando a necessidade de ações interdisciplinares na atenção básica e outras entidades, que visam o incentivo à promoção da saúde.

Palavras Chave

Epidemiologia; Câncer; Bexiga.

Área

Câncer de bexiga

Instituições

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE - Santa Catarina - Brasil, Faculdade Meridional - IMED - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

EDUARDO STOLF, NATAN ARTHUR DEBATIN, MARCELA LUIZA LAUTH, LUIZA BERTOLDI HANSEN