Dados do Trabalho
Título
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO CANCER DE PENIS NO ESTADO DO PIAUI - BRASIL, ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2021.
Resumo
Introdução: Câncer de pênis é uma neoplasia urogenital que apresenta associação direta com o desenvolvimento socioeconômico da população no que se refere ao acesso ao sistema de saúde e a medidas preventivas, acarretando sérios problemas físicos e emocionais. No Brasil, esse tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste. Diante desse cenário, esse estudo tem como objetivo analisar a epidemiologia e a incidência da neoplasia de pênis no estado do Piauí. Metodologia: Estudo quantitativo e retrospectivo, efetuado por meio de pesquisas na base de dados DATASUS. Foram selecionados dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, utilizando as variáveis: casos diagnosticados com câncer de pênis, faixa etária, tempo de tratamento e região, especificamente o Estado do Piauí. Analisado o período referente aos anos de 2016 à 2021. As pesquisas foram organizadas e analisadas em tabelas no software Microsoft Excel 2010. Resultados: Foram diagnosticados 93 casos de neoplasia de pênis, sendo os anos de 2018 e 2020 em que houveram maior número de diagnósticos, 22,58% (2018) e 21,5% (2020). Identificou-se incidência geral de 1/100.000 habitantes no estado, havendo uma flutuação da incidência entre os anos, variando de 0,52/100.000 (2017) até 1,43/100.000 (2020). Quanto à faixa etária, foram identificados casos entre homens de 30 aos 97 anos, sendo as idades 65-69 anos as de maior acometimento, representando 15% dos casos. É relevante relatar que 75,5% dos diagnósticos foram realizados em homens com mais de 50 anos. Verificou-se que nos anos de 2020 e 2021 houve atraso no início do tratamento em relação ao diagnóstico, sendo que 22,72% não iniciaram o tratamento no ano de 2020 e 27% não tiveram seu tratamento iniciado no ano de 2021. Quanto ao estadiamento no momento do diagnóstico, identificou-se que apenas 10,8% dos casos foram diagnosticados em estadios iniciais I ou II. Quanto ao tratamento de escolha, o tratamento cirúrgico foi o mais aplicado, sendo realizado em 55,5%, seguido pela quimioterapia, que foi aplicada em 41,5%. A radioterapia foi o método menos implementado, com 3,8%. Conclusão: A neoplasia de pênis acomete principalmente adultos acima dos 50 anos de idade, sendo seu diagnóstico retardado por diversos fatores sociais e econômicos, assim como o início do tratamento que pode ter sido impactado pela pandemia do Sars-Cov-2.
Palavras Chave
Câncer de pênis; Epidemiologia; Saúde do Homem
Área
Tumores raros
Instituições
UNINOVAFAPI - Piauí - Brasil
Autores
LEIDIANE MENDES, FRANCISCO BRITO, LHOANNA COSTA, TAMIRES LIMA, GABRIELA LIMA, DJALMA FILHO, RENANDRO REIS, VILSON BEZERRA