Dados do Trabalho


Título

APLICAÇAO TERAPEUTICA DA BIOLOGIA MOLECULAR NO CARCINOMA UROTELIAL

Resumo

Introdução: O Carcinoma Urotelial (CU) é uma das neoplasias mais incidentes do mundo. A abordagem terapêutica padrão é a quimioterapia à base de cisplatina, porém tem baixo desempenho e pode causar disfunção renal em mais de 50% dos pacientes. Através da biologia molecular, ampliou-se o conhecimento acerca da contribuição genética e imunológica envolvidas na patologia descrita. Assim, a imunoterapia surge como alternativa ao carcinoma urotelial (CU): os inibidores de FGFR, Nectin-4, PARP, Trop-2, PDL-1, PD-1, anti-HER2 e anti-VEGF. Todavia, o uso clínico e terapêutico de algumas das drogas ainda é restrito, visto que, diversos ensaios laboratoriais, embora promissores, ainda estão sob análise. Objetivos: Este estudo objetiva identificar na literatura aplicações terapêuticas, aprovadas ou em análise, para o tratamento do CU, através da Biologia Molecular. Métodos: Trata-se de uma revisão literária realizada nas bases de dados SCIELO, PUBMED, DECS por intermédio dos descritores “carcinoma urotelial”, “biologia molecular”, “imunoterapia” em inglês e português, sendo os dados coletados em abril de 2021 e amostra de estudo de 2013-2021. Foram encontrados 21 artigos, sendo 12 selecionados, conforme critérios de relevância. Resultados: Em um ensaio Fase III de CU, o enfortumabe vedotin, inibidor da Nectin-4, teve a taxa de resposta objetiva (40,6%) e a de progressão da doença (71,9%) superiores quando comparadas a quimioterapia. Vários anticorpos anti-PDL-1 (avelumabe) e anti-PD-1 (pembrolizumabe e nivolumabe) são promissores no cenário de primeira linha e pós platina. O erdafitinibe, anti-FGFR, foi responsivo em 40% dos pacientes em um ensaio fase II. O sacituzumabe govitecan, reconhecedor da TROP-2, teve segurança e eficácia consistentes no CU avançado. Estão sendo investigados os inibidores anti-PARP (estudos fases I, II e III), anti-HER2 (resposta geral de 51,2% na fase II) e anti-VEGF (limitado, porém em ensaio fase II, o uso do pazopanib e paclitaxel é positivo). Conclusões: Portanto, devido ao avanço da biologia molecular, a imunoterapia poderá possibilitar um tratamento favorável e mais direcionado ao CU quando comparada a outras abordagens tradicionais. Os inibidores de FGFR, o anti-PDL-1 e os anti-PD-1 citados, o enfortumabe vedotin e o sacituzumabe govitecan são comprovadamente efetivos no tratamento. As demais drogas como anti-PARP, anti-HER2, anti-VEGF ainda estão sob testes, embora apresentem resultados promissores.

Palavras Chave

carcinoma urotelial; biologia molecular; imunoterapia

Área

Câncer Bexiga

Instituições

FAMENE - Paraíba - Brasil

Autores

ANA BEATRIZ FONSECA MATIAS ROLIM , ARYANA MARQUES DA NOBREGA AYRES, ELISÂNGELA MENDES DE SOUZA , FELIPE MATEUS MOURA MARTINS, IDALO VERNEY BENICIO DE SÁ , JULIANA ALMEIDA LIMA, JULYANA MARIA RAMALHO DE SOUSA , THIAGO SILVA DA COSTA