Dados do Trabalho
Título
ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO NACIONAL DOS OBITOS POR NEOPLASIA DE BEXIGA NO PERIODO DE 2009 A 2019
Resumo
Introdução: O câncer de bexiga é uma doença do trato urinário (TU) relativamente comum no Brasil, respondendo pela 7° posição em incidência masculina4. Os principais fatores de risco modificáveis incluem tabagismo e a exposição a agentes químicos, como aminas aromáticas1. Dentre os não modificáveis temos o gênero, a etnia e fatores reprodutivos e hormonais2.
A clínica dos pacientes pode ser inespecífica, sugerindo diferentes doenças do TU. Assim, alguns sinais de alerta são: hematúria, disúria, urgência urinária e infecções constantes no TU5,7.
O diagnóstico baseia-se em uma avaliação inicial que engloba cistoscopia, análise da função renal e exame de imagem do TU superior, feito preferível a tomografia computadorizada3.
O tratamento se dá a depender do estadiamento. Se não há invasão muscular, é comum a realização de ressecção vesical, seguida de administração de vacina BCG ou quimioterapia intravesical. Se há, pode-se tratar com cistectomia radical, seguida de linfadenectomia extensa e quimioterapia adjuvante5,3.
Objetivos: Descrever o perfil dos óbitos por neoplasia de bexiga no Brasil entre 2009 e 2019.
Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e transversal que se utiliza de dados secundários disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB. Foram utilizadas as variáveis ano do óbito, faixa etária, sexo, escolaridade, local de ocorrência (LO) e estado civil, no período de 2009 a 2019.
Resultados: Houve prevalência maior em homens, numa razão aproximada de 2:1 (68,9% a 30,8%); idosos acima de 60 anos responderam por 87,2% dos casos; escolaridade inferior a 8 anos representaram 57,5% dos óbitos, dos quais a Região Norte (RN) se destaca negativamente com 73,2%; o LO principal foi durante hospitalização, com 84,7%; os casados representam 47,2% do total; e houve incremento médio de 151,5 mortes ao ano. Apesar da clara importância da etnia no estudo médico, esta variável não fora incluída no presente estudo devido ao seu caráter auto-afirmativo.
Conclusões: O perfil da doença apresentou clara predileção pelo sexo masculino, ensino fundamental incompleto, hospitalizados, idosos e casados.
Ademais, hipotetizamos que há relação entre mortalidade por neoplasia vesical e o baixo IDEB da RN frente à média nacional6. Mais estudos são necessários para solidificarem tal informação.
Palavras Chave
Neoplasia da bexiga urinária; Epidemiologia; Demografia
Área
Câncer Bexiga
Instituições
Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil
Autores
ALYSSON JOSÉ SOUTO LIMA JÚNIOR, BRUNO LEONARDO CARDOSO BARROS, LUCAS EMMANUEL FREITAS MENDES, JOÃO VICTOR BEZERRA RAMOS, SAULO MENDES SOBREIRA NETO, WENDERSENN PITTERSON DA SILVA IDEÃO, GABRIEL ANGELO FERREIRA NORAT, JARDSON DOS SANTOS CAVALCANTE, PEDRO LEONARDO BARBOSA DE CARVALHO