Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA TENDENCIA DE MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE PROSTATA NO BRASIL

Resumo

Introdução: O câncer de próstata é o 2º tipo cancerígeno mais incidente em homens. Segundo dados do projeto GLOBOCAN, em 2020, foi o 4ª mais diagnosticado e a 8ª principal causa de morte por câncer entre ambos os sexos. Possui apresentação heterogênea. Na maioria dos casos cursa com uma evolução lenta e silenciosa, contudo também é responsável por apresentações de rápida instalação e evolução. Objetivo: O presente estudo busca avaliar a tendência da taxa de mortalidade por neoplasia maligna de próstata no Brasil entre os anos de 2009 e 2019. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com coleta de dados secundária. Os dados foram coletados por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade no banco de dados do DATASUS. A população foi composta todos os pacientes que vieram a óbito em decorrência de Câncer de Próstata entre 2009 e 2019, selecionados conforme a Classificação Internacional de Doenças, sendo incluído o código C61. Os dados foram estratificados por taxa de mortalidade por 100.000 habitantes, mortalidade por região e faixa etária. Para análise estatística foi utilizado o software SPSS versão 21. Resultados: Entre os anos de 2009 e 2019 houve um total de 155.828 óbitos por neoplasia maligna da próstata, com 14,16 óbitos a cada 100.000 brasileiros. Ao longo do período estudado, a taxa de mortalidade para 100.000 habitantes foi de 12,82 em 2009; 13,68 em 2010; 13,45 em 2011; 13,56 em 2012; 13,86 em 2013; 14,14 em 2014; 14,35 em 2015; 14,78 em 2016; 15,25 em 2017; 15,43 em 2018; e 15,83 em 2019. Observa-se, assim, um aumento de 23,5% na taxa de mortalidade entre 2009 e 2019. Em relação a faixa etária, há predomínio no número de óbitos em homens com mais de 70 anos, representando 77,93% dos casos. Além disso, apenas 0,67% dos casos foram em idade inferior a 50 anos. As regiões mais acometidas foram a sudeste (42,84%), nordeste (27,65%), sul (17,14%), centro-oeste (7,05%) e norte (5,32%). Conclusões: No presente estudo, observa-se, entre os anos de 2009 e 2019, tendência ao aumento da taxa de mortalidade pelo câncer de próstata no Brasil. Este panorama, em parte relacionado às deficiências do sistema de saúde público nacional, correlaciona-se a diagnósticos tardios e, portanto, a prognósticos mais reservados. Ademais, os dados são concordantes com a literatura existente e a epidemiologia do Câncer de Próstata, dado a prevalência de óbitos em homens com mais de 60 anos e a raridade em idades inferiores a 45 anos.

Palavras Chave

Câncer de Próstata; Neoplasias Urológicas; Epidemiologia descritiva

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

MAURÍCIO MORETTO SALVARO, MARIANA DORNELLES FRASSETTO, HENRIQUE PY LASTE, MATEUS ARRUDA TOMAZ, JOAREZ FURTADO, IURY SERRA MELO , LETÍCIA ZANATTA ALBERTON , TALIA RONCHI LUZ, PAULO ROBERTO LASTE