Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA NEOPLASIA DE PRÓSTATA E A PROSTATECTOMIA ROBÓTICA NA REALIDADE BRASILEIRA

Resumo

Objetivos: Analisar epidemiologicamente o número de pacientes com neoplasia de próstata entre 2010-2020 e revisar na literatura estudos nacionais, dos últimos 5 anos de publicação, com enfoque na prostatectomia robótica na realidade brasileira.
Métodos: A análise epidemiológica dos dados referente a neoplasia de próstata foi obtida pelo Sistema de Internação Hospitalar e de Mortalidade do Departamento de Informática do SUS (DataSus). Além disso, foi realizada uma revisão de literatura como embasamento teórico.
Resultados: Na análise, o estado do Amapá apresentou maior taxa de mortalidade por neoplasia de próstata em pacientes entre as faixas etárias de 50-59 anos (20,93), 60-69 anos (16,67) e 70-79 anos (25,83). Contudo, o estado de São Paulo apresenta as maiores prevalências em relação à internação hospitalar por essa neoplasia - 29,8%, 27,8%, 24,4%, para as respectivas faixas etárias citadas. O ano de 2020 apresentou a maior taxa de mortalidade (7,72), nos últimos 10 anos de comparação. Já o ano de 2019 apresenta maior incidência de casos de câncer de próstata (11,17%) do total de 268.904 casos. Além disso, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS realizou um relatório, em 2018, referente ao sistema cirúrgico reforçando que a prostatectomia radical é um procedimento padrão-ouro para tratar o câncer de próstata localizado, com baixo risco de mortalidade. É indicada a prostatectomia radical para a maioria das neoplasias de próstata, principalmente aos casos cujo estadiamento sugere doença avançada localmente. A redução do sangramento, menor dor pós-operatória, rápida recuperação e a preservação da função miccional e erétil pela magnificação do campo visual são algumas vantagens do tratamento da neoplasia de próstata por técnica robótica. Além disso, essa técnica permite a redução de margem comprometida por neoplasia em comparação à técnica retropúbica convencional. Contudo, essa técnica possui limitações, principalmente, nos casos de pacientes obesos, neoplasias de alto risco e próstatas com mais de 60g sem o lobo mediano.
Conclusão: A prostatectomia radical por técnica robótica tem apresentado resultados positivos dentre os cirurgiões brasileiros, como a conservação máxima tecidual, pouca perda sanguínea, manutenção da função erétil, menor tempo de hospitalização e significativa melhora na função sexual. Contudo, ainda existe a necessidade de integrá-la à realidade do Sistema Único de Saúde.

Palavras Chave

Próstata; prostatectomia; neoplasia.

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

ULBRA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

CAROLINE MARIA DE CASTILHOS VIEIRA, VIVIAN LIZ DE MEDEIROS VIEIRA, YASMIN PODLASINSKI DA SILVA, AMANDA TOMAZZONI MICHEON, JULIANA RUAS VENTURA, JOSÉ Venâncio Sala DA SILVA, VANESSA MU MEKSRAITIS , ALANA ZANELLA, PEDRO FERREIRA AZEVEDO, EDUARDA VANZING DA SILVA