Dados do Trabalho


Título

INTERNAÇOES HOSPITALARES POR NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NA BAHIA E NO BRASIL: UMA ANALISE QUANTITATIVA DOS ULTIMOS 10 ANOS

Resumo

Introdução: A neoplasia maligna de bexiga (NMB) está entre as mais prevalentes, sendo a 4ª em homens e a 9ª em mulheres. Sua incidência aumenta com a idade, principalmente entre a 6ª e 7ª décadas de vida. Seu principal fator de risco associado é o tabagismo. Diferente do câncer de próstata, em algum momento se manifestarão clinicamente, principalmente por hematúria indolor e intermitente, polaciúria, urgência miccional e disúria. Novos marcadores diagnósticos estarão sendo pesquisados, porém, o principal método continua sendo a cistoscopia e a citologia de urina seguida por biópsia/ressecção transuretral.
Objetivo: Caracterizar internações hospitalares por NMB na Bahia, entre os anos de 2011 e 2020, através da lista de morbidade do CID-10 (C67) e contrastar com os dados nacionais, correlacionando com caráter de atendimento, taxa de mortalidade e valor médio/total por internações.

Métodos: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, retrospectivo e quantitativo em que os dados coletados no Sistema de Informação Hospitalares do SUS (SHI-SUS) foram ordenados em gráficos e tabelas através do Microsoft Excel 2016.

Resultados: No período analisado, a Bahia foi responsável por 7.301 das 148.206 internações no país, sendo o caráter eletivo o mais prevalente, com 66,11% e 60,36%, na Bahia e no Brasil, respectivamente. A taxa de mortalidade no caráter de urgência, na Bahia, foi 24,5% maior que no cenário nacional e, no mesmo período, a taxa de mortalidade no caráter eletivo foi cerca de 27,12% maior no Brasil do que na Bahia. Entre 2011 e 2020, o valor médio gasto no Brasil, no caráter de urgência e eletivo, correspondeu a 71,2% e 54,9% do valor médio gasto na Bahia, respectivamente.

Conclusão: Conclui-se que os pacientes portadores de NMB são mais atendidos no caráter eletivo do que no de urgência. Porém, mesmo atendendo menos pacientes de urgência, a mortalidade no estado foi significativamente maior do que no contexto nacional. Soma-se a isso, o dado de que a Bahia gastou 40,4% mais nessa modalidade, indicando possível deficiência do sistema de saúde baiano em diagnosticar, rastrear ou tratar precocemente estes pacientes, diminuindo a gravidade dos casos que demandam esse tipo de atendimento, ou ainda um déficit no serviço hospitalar em lidar com os pacientes uro-oncológicos no estado. Em vista disso, faz-se necessário mais estudos para identificação e melhoria do atendimento e cuidados dos pacientes com NMB na Bahia.

Palavras Chave

Neoplasia de Bexiga; Uro-oncologia; Epidemiologia; Câncer; Medicina.

Área

Câncer Bexiga

Instituições

Universidade Estadual de Feira de Santana - Bahia - Brasil

Autores

BRUNO DA SILVA LISBOA, MICHELE EVANS LIMA RAMOS, TIAGO BELLO SANTOS, ISABELLA LORENA CANUTO DAMASCENO, GABRIELE DOS SANTOS, MATHEUS GOMES REIS COSTA, MILENA RODRIGUES ARAUJO SCHUCK