Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NA REGIAO SUDESTE E NO BRASIL NA ULTIMA DECADA

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário e o nono tipo mais incidente a nível mundial. Tem como principal fator de risco o tabagismo, e é uma patologia que afeta mais homens, em uma relação de aproximadamente 3:1.
OBJETIVOS: Fazer uma análise epidemiológica comparativa entre o Brasil e a região Sudeste da incidência de internações e óbitos por neoplasia maligna de bexiga no período de janeiro de 2010 e dezembro de 2020, bem como descrever as características desses pacientes.
MÉTODOS: As informações presentes no trabalho para análise epidemiológica foram retiradas do Sistema de Internação Hospitalar e de Mortalidade do Departamento de Informática do SUS (Datasus).
RESULTADOS: No período analisado, ocorreram 157.920 internações por neoplasia maligna de bexiga no Brasil, sendo a região Sudeste o local com maior número, com 89.614 delas, o equivalente a 56,75%. Em todas as regiões do país, o sexo mais acometido foi o masculino. Já em relação à raça, a branca foi a mais atingida, com 84.263 internações. No que se refere à idade dos pacientes, os idosos foram os mais afetados, com a faixa etária de 65 a 69 anos registrando o maior número de internações (26.416) no país, com a região sudeste correspondendo a 57,50% delas. Além disso, foi observado que o total de óbitos por essa patologia foi de 10.414, e a região Sudeste foi a que mais registrou (5.736), sendo os indivíduos com idade igual ou superior a 80 anos os mais atingidos no país e na região. Quanto à taxa de mortalidade por essa patologia, a região Sudeste teve a menor, de 6,40, ficando abaixo da nacional, que foi de 6,60. Além disso, percebe-se que a taxa de mortalidade é superior em pacientes do sexo feminino em todas as regiões do país.
CONCLUSÕES: As internações por neoplasia maligna de bexiga são relativamente comuns, afetando mais homens do que mulheres. Tais fatos corroboram com os dados encontrados na análise epidemiológica, na qual foi constatado registros elevados de incidência e óbitos em idosos, principalmente os com idade entre 65 e 69 anos. Além disso, observou-se maior incidência na região Sudeste, quando comparado às demais regiões do Brasil. Dessa forma, torna-se imprescindível analisar a epidemiologia do câncer de bexiga, a fim incentivar a busca pelo tratamento e melhores formas de prevenção para a população. Bem como, é de extrema relevância estimular as produções nesta área, devido à escassez de literaturas sobre a temática no país.

Palavras Chave

neoplasia maligna; epidemiologia; bexiga.

Área

Câncer Bexiga

Instituições

Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

CAROLINA LEAL BENDER, HELLEN DE FREITAS MONTEIRO, JULIANA RUAS VENTURA, EDUARDO BELTRAME MARTINI, VANESSA MU MEKSRAITIS, YASMIN PODLASINSKI DA SILVA, ANA VICENZA RAYMUNDI DE OLIVEIRA, DANIELA WITZ AQUINO, VIVIAN LIZ DE MEDEIROS VIEIRA, ALANA ZANELLA