Dados do Trabalho


Título

Analise da conciliacao medicamentosa em pacientes internados no setor de oncologia de um hospital universitario

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de Conciliação Medicamentosa (CM) pode ser definido como um mecanismo de revisão do tratamento do paciente, antes e depois de transições no cuidado. Farmacêuticos clínicos podem realizar a CM com o objetivo de otimizar a farmacoterapia e assegurar a segurança do paciente hospitalizado. OBJETIVOS: O objetivo do presente trabalho foi avaliar o processo de conciliação medicamentosa na admissão hospitalar, transferência interna e alta dos pacientes da enfermaria de Oncologia de um Hospital de Ensino. MÉTODOS: Estudo longitudinal descritivo com abordagem retrospectiva. A coleta de dados acerca do perfil sociodemográfico e clínico do paciente foi realizada a partir dos registros em prontuário e formulários da unidade de farmácia clínica, os quais foram analisados categórica e quantitativamente. As discrepâncias encontradas foram categorizadas. Somado a isso, também foram quantificadas as intervenções farmacêuticas e sua aceitação ou não pela equipe clínica. Por fim, realizou se análise quali-quantitativa das orientações de alta. Os dados obtidos foram tabulados em software Microsoft Excel® e os resultados mensurados através de estatística descritiva. RESULTADOS: Foram realizadas 118 conciliações, entre julho/2019 a agosto/2020, obtidos de 80 pacientes, sendo 48,75% com idade superior a 60 anos. Os diagnósticos mais frequentes foram linfoma (38,75%) e mieloma múltiplo (17,5%). Das 118 conciliações realizadas, 80 (67,8%) foram de admissão e 38 (32,2%) de transferências. As fontes de informação mais consultadas foram o paciente e prescrição do setor/instituição de transferência. Foram conciliados 621 medicamentos, os quais apresentaram 310 discrepâncias, sendo 219 justificadas e 91 não justificadas. Dentre as classificações das não justificadas, a 3A (omissão do medicamento em uso pelo paciente) apontou-se como mais frequente. Foram realizadas 52 orientações de alta, não sendo possível realizar 42 orientações por motivo de alta não programada. CONCLUSÕES: O estudo mostrou ser uma ferramenta eficaz, que contribuiu para segurança do paciente hospitalizado, bem como, promoveu a qualidade das informações sobre os medicamentos em uso pelos mesmos.

Palavras Chave

Conciliação medicamentosa; Oncologia; Eventos adversos; Erros de medicação; Segurança do paciente.

Área

Complicações do tratamento oncológico (infertilidade, impotência, cistite ...)

Instituições

Hospital Universitário Antonio Pedro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

MARCELA MIRANDA SALLES, GILBERTO SOUZA, Karoliny TELES MARTINS DEMARTINI, CAMILA THEODORO NEVES, MAIHARA SILVA BORGES