Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA PRESENÇA DE CARCINOMA EPIDERMOIDE EM POSTECTOMIAS REALIZADAS EM UM SERVIÇO DE UROLOGIA

Resumo

Introdução: A separação do prepúcio da glande do pênis ocorre por descamação, com início no final da gestação, entretanto não é finalizada na maioria dos bebês. A fimose patológica é definida como a incapacidade de retrair o prepúcio e o tratamento é feito por postectomia, procedimento cirúrgico para remoção do prepúcio em excesso, propiciando adequada exposição da glande. Eventualmente, a presença de tecido neoplásico maligno só é identificada nos exames anatomopatológicos pós-operatórios, visto que um número grande de pacientes não têm suspeita clínica de doença neoplásica.

Objetivos: O objetivo deste trabalho é revisar os casos de postectomias realizadas em um Serviço de Urologia no período de 2016 à 2020 e avaliar a presença de carcinoma epidermóide no prepúcio de pacientes submetidos à postectomia por fimose; contudo, que não tenham evidência clínica para doença prepucial de etiologia neoplásica.

Métodos: Realização de um estudo retrospectivo, série de casos, de 134 pacientes, por meio da análise dos resultados dos exames anatomopatológicos contidos nos prontuários eletrônicos. Foram incluídos no estudo os pacientes submetidos à postectomia no período de janeiro de 2016 a junho de 2020, com idades entre 4 e 86 anos.

Resultados: Em um total de 134 anatomopatológicos, 7 tiveram alterações neoplásicas de carcinoma epidermóide, todos eles de pacientes adultos com idade média de 53 anos e mediana de 55 anos. Cinco dessas amostras foram diagnosticadas como carcinoma epidermóide intraepitelial com displasia de alto grau (carcinoma in situ) e nas duas restantes o diagnóstico foi de carcinoma epidermóide pouco e moderadamente diferenciados.

Conclusões: A suspeita clínica é o principal motivador para a investigação anatomopatológica da peça produto de postectomia. Na presença de lesões suspeitas ou até mesmo dúvida diagnóstica, o exame do prepúcio deve ser realizado, conforme a literatura. A inexperiência na avaliação de lesões dermatológicas pode ser um fator de confusão para a hipótese diagnóstica. Um maior seguimento e investigação aprofundada individual dos casos positivos está sendo realizada. Assim como a continuidade do estudo, de modo prospectivo.

Palavras Chave

Postectomia, Fimose, Neoplasia

Área

Tumores Raros

Instituições

Hospital São Lucas da PUCRS - Rio Grande do Sul - Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

MARINA PUERARI PIETA, LEONARDO ZARPELON DE OLIVEIRA, RAFAEL LUIZ DONCATTO, HENRIQUE ULGUIM PERIN, RAFAEL FOGAÇA ESPÍRITO SANTO, MARCELO ZIMERMAN BIZZI, LUCAS ASSMANN MACCARI, GABRIEL TEITELBAUM FRIEDMAN, JORGE ANTONIO PASTRO NORONHA, ANDREI CARDOSO CENTENO