Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO DA TAXA DE MORTALIDADE POR CANCER DE BEXIGA ENTRE OS SEXOS NA REGIAO SUL DO BRASIL

Resumo

Introdução: O câncer de bexiga é o tumor maligno mais comum do trato urinário. Segundo dados de 2012, esse câncer ocupava o nono lugar em incidência mundial (430 mil novos casos). Nesse mesmo ano, o câncer de bexiga ocupava a sexta posição de maior incidência no sexo masculino e décimo nono no sexo feminino. Objetivos: Esta comparação tem por objetivo detectar as diferenças entre as taxas de mortalidade por câncer de bexiga entre homens e mulheres dos três estados da região Sul do país, a fim de reafirmar que o sexo masculino constitui fator de risco para maior mortalidade. Métodos: A coleta de dados foi realizada no DATASUS por meio do Atlas On-line de Mortalidade por Câncer, organizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foi considerado somente as taxas de mortalidade por câncer de bexiga, brutas e ajustadas por idade pelas populações mundial e brasileira de 2010, por 100.000 homens e mulheres, da região Sul, entre os anos de 2010 e 2019. Resultados: O número total de óbitos na região Sul por câncer de bexiga foi de 8.017 entre 2010 e 2019. A faixa etária com a maior mortalidade para homens foi de 70 a 79 anos, com 1.982 mortes; já para mulheres, foi de 80 anos ou mais, com 876 óbitos. O número total de mortos para o sexo masculino foi de 5.688 e, para mulheres, de 2.329. A taxa específica, que estima o risco de uma pessoa morrer pelo câncer de bexiga expresso por 100 mil habitantes, ocorridos em determinado local e período, é de 97,7 para homens com 80 anos ou mais, sendo a maior entre os sexos e faixas etárias. A maior taxa específica para o sexo feminino é de 27,36 também para mulheres com 80 anos de idade ou mais. A taxa bruta, por sua vez, que é o número total de óbitos por 1.000 habitantes, é aproximadamente 2,5 vezes maior para homens (3,99) do que para mulheres (1,6). Conclusões: A mortalidade por câncer de bexiga é maior no sexo masculino do que no feminino e aumenta conforme o envelhecimento. A detecção precoce desse tipo de câncer é uma estratégia para melhorar desfechos de tratamento e de sobrevida. Entretanto, o rastreamento não é recomendado pela falta de evidências científicas de que existam mais benefícios do que riscos. Mas, é importante que médicos da área mantenham atenção para o câncer de bexiga como diagnóstico de em pacientes com sinais e sintomas como disúria e hematúria, principalmente em pacientes idosos do sexo masculino e com outros fatores de risco associados como tabagismo e exposição a compostos químicos.

Palavras Chave

câncer de bexiga; mortalidade; fator de risco; hematúria; disúria; homens.

Área

Câncer Bexiga

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

BRUNO CUSTÓDIO SILVA, DANIELA GUIDO PEREIRA, GUILHERME ROCHA SPILLER, HENRIQUE PY LASTE, PAULO ROBERTO LASTE