Dados do Trabalho


Título

DIAGNOSTICO DE NEOPLASIA MALIGNA COM LOCALIDADE PRIMARIA NA PELVE RENAL NO BRASIL: UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO PERIODO DE 2015 A 2020.

Resumo

INTRODUÇÃO: O carcinoma com localidade primária na pelve renal é uma doença rara e pouco conhecida, já que corresponde apenas entre 7% de todos tumores renais. Com sinais similares ao câncer de bexiga, apresenta 40% de diagnósticos tardios. Contudo, se localizado superficialmente, obtém mais de 90% de probabilidade de cura, se encontrado mais profundamente, todavia, apresenta bom prognostico apenas entre 10% dos casos. OBJETIVOS: Analisar, estatisticamente, o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com neoplasia maligna com localização primária na pelve renal, no Brasil, entre os anos de 2015 e 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de série temporal, descritivo e retrospectivo das taxas de diagnóstico de câncer de pelve renal no Brasil. A análise foi feita a partir de um levantamento de dados do período entre janeiro de 2015 e dezembro de 2020, obtidos no banco de dados “Painel-Oncologia - Brasil” do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). RESULTADOS: Durante o período analisado, foram registrados no Brasil 1.492 diagnósticos de câncer com localização primária na pelve renal, sendo 2019 o ano de maior prevalência, com 551 diagnósticos, enquanto no ano de 2017, o de menor prevalência, foram registrados 61. No que tange a Unidade Federativa na qual o diagnóstico foi feito, São Paulo foi o estado com maior número de casos registrados, totalizando 327, enquanto o estado de Tocantins teve apenas 2 casos registrados durante dos 5 anos analisados. Em relação ao perfil dos pacientes diagnosticados com câncer de pelve renal, 56,1% dos pacientes acometidos eram do sexo masculino; cerca de 31,23% dos pacientes faziam parte da faixa etária entre 60 e 69 anos; a segunda faixa etária mais acometida foi a de 70 a 79 anos, com 22,12% dos casos. Do total de pacientes diagnosticados com neoplasias malignas localizadas primariamente na pelve renal, 43,63% foram submetidos à modalidade terapêutica cirúrgica. CONCLUSÕES: Foram constatados uma quantidade significativa de casos em idades entre 60 e 69 anos. São Paulo apresenta o maior número de casos, representando 21,9%, contudo, deve-se considerar que o Estado é o mais populoso do Brasil, não tendo, pois, aparente relação patológica. Um dado relevante foi o baixo diagnóstico registrado no Tocantins, podendo representar uma subnotificação significativa. O ano de 2019 teve um importante aumento, com 36% dos casos, evento que pode ser correlacionado a diagnósticos tardios dessa neoplasia.

Palavras Chave

NEOPLASIA MALIGNA DE PELVE RENAL, ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

Área

Tumores Raros

Instituições

ULBRA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ALICE WICHRESTIUK D'ARISBO, VANESSA MU MEKSRAITIS, BRUNA ROSSETTO, YASMIN PODLASINSKI DA SILVA, NATÁLIA ISAIA BROWNE MAIA, THAINARA VILLANI, CAROLINA LEAL BENDER, THAMELA GAZOLA ZANATTA, EDUARDA VANZING DA SILVA, ISABELA ZOPPAS FRIDMAN