Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA PROGRESSAO NA INCIDENCIA DE CANCER RENAL NO BRASIL NOS ANOS DE 2015 E 2020

Resumo

INTRODUÇÃO: Observa-se aumento na incidência de câncer renal (CR) nos últimos anos, acometendo 3% da população em geral, sendo o carcinoma de células renais o subtipo mais prevalente, com predomínio entre 65 e 74 anos, e possui como fatores de risco o tabagismo, hipertensão e obesidade. Assim, é necessário reconhecer o crescimento dos casos e identificar mudanças em seu tratamento.
OBJETIVOS: Avaliar a incidência de CR nos anos de 2015 e 2020, objetivando analisar o perfil dos pacientes e a modalidade terapêutica de escolha predominante atualmente, com a finalidade de comparação entre os anos.
MÉTODOS: Através do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), realizou-se um estudo epidemiológico descritivo sobre a incidência de CR, exceto de pelve renal (CID10 C.64), nos anos de 2015 e 2020. Com análise do sexo (feminino e masculino), ano (2015 e 2020) e modalidade terapêutica utilizada (cirurgia, quimioterapia, radioterapia).
RESULTADOS: Verificou-se um aumento de casos de CR no Brasil, de 905 casos em 2015, para 3.888 em 2020, podendo estar relacionado ao diagnóstico precoce em achados incidentais de exames de imagem, principalmente na Tomografia Computadorizada. Do mesmo modo, há crescimento na prevalência de fatores de risco, como obesidade e hipertensão.
Em relação a modalidade terapêutica: cirurgia, quimioterapia e radioterapia, em 2015, foram realizadas 215, 468 e 221, respectivamente. Já em 2020 houveram 2.274, 394 e 42, respectivamente. Nota-se que das intervenções, a cirúrgica foi a mais usada em 2020, com acréscimo de 957,67% comparado a 2015. Dessa forma, devido aos diagnósticos ocorrerem em estágios iniciais, é indicado a terapêutica mais adequada, neste caso, a cirurgia é o único tratamento que cura definitivamente o CR. Além disso, constatou-se uma diminuição no uso de quimioterapia e da radioterapia, nesta ordem: -15,81% e -81%.
Em síntese, constata-se predomínio do sexo masculino em casos de CR. Em 2015, eram 1,44:1,00, já em 2020, essa disparidade diminuiu, 1,31:1,00, porém os homens continuam com a superioridade de casos desta doença, coeso com a literatura.
CONCLUSÕES: Este estudo mostra-se importante dado ao aumento dos casos de CR e a possibilidade de diagnóstico e intervenção precoces. Espera-se que investimentos no setor saúde possam impactar na história natural da doença. Há, sobretudo, limitação da análise de dados, podendo estar relacionada a uma possível subnotificação de casos.

Palavras Chave

Carcinoma renal; Incidência; Tratamento.

Área

Câncer de Rim

Instituições

Universidade de Passo Fundo - UPF - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

AMANDA BARBOZA DA SILVEIRA, DIEGO CARRÃO WINCKLER, TOMÁS ZANETTI MILANI, JÉSSICA DOS SANTOS GIORDANI, ADRIANA BUCHNER, BÁRBARA DIEL KLEIN, GILSEO MARCANTE JUNIOR, ALESSANDRA ARNHOLD DOS SANTOS, JULIA MAESTRI DA SILVA, FABIANO DOS SANTOS BARATO