Dados do Trabalho
Título
MORBIMORTALIDADE DO CANCER DE BEXIGA NO BRASIL: PERFIL EPIDEMIOLOGICO DURANTE UMA DECADA (2009-2019)
Resumo
Introdução: O câncer de bexiga compreende a um grupo heterogêneo de tumores, que apresentam comportamentos, tratamentos e prognósticos distintos. Trata-se de uma das neoplasias mais comuns do trato urinário e o nono tipo mais incidente mundialmente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, dentre os fatores de risco mais importantes para desenvolver a doença, encontram-se: o tabagismo e a exposição ocupacional. Diferentemente do câncer de próstata, essa neoplasia é um raro achado incidental em autópsias, sugerindo que em algum momento de sua história natural, todos os casos se manifestarão clinicamente e serão diagnosticados. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da morbimortalidade do câncer de bexiga, no Brasil, entre os anos de 2009 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo, baseado em dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), acessado em 04/03/2021. A população compreendeu pacientes internados por neoplasia maligna de bexiga e a quantidade de óbitos durante a década. As variáveis utilizadas foram: região/unidade de federação, faixa etária (20 a 80 e mais), sexo e cor/raça. O Microsoft Excel 2016 foi utilizado para cálculos de morbimortalidade. Resultados: Entre 2009 e 2019, foram notificados 122.826 casos, com um total de 39.614 óbitos (prevalência = 58,4 por 100 mil habitantes). A região Sudeste apresentou a maior morbidade e mortalidade, encontrando-se diferenças pouco significativas entre ambas (58,02% e 53,09% respectivamente). O estado de São Paulo destacou-se com 36,53% dos casos e 29,04% dos óbitos. A taxa de mortalidade nesse período cresceu progressivamente de 1,44 para 2,09 por 100 mil habitantes. A faixa etária de 60-69 anos foi a mais acometida (31,29%), entretanto, a que apresentou maior mortalidade foi a de 80 e mais (35,21%). A raça branca apontou o maior número de notificações (64,08%) e óbitos (70,20%). Quanto à prevalência entre os sexos, os homens corresponderam a 71,36% dos registros. Conclusão: Através deste estudo, nota-se uma tendência de crescimento do número de casos e óbitos na última década, refletindo o possível aumento da exposição a fatores de risco. Ainda que a faixa etária de 80 e mais não apresente a maior morbidade, este foi o grupo que apontou maior letalidade para a doença. Ademais, conhecer o perfil epidemiológico de pacientes com câncer de bexiga apresenta enorme relevância para uma melhor eficácia no diagnóstico e no tratamento.
Palavras Chave
Câncer de Bexiga, Morbimortalidade, Perfil Epidemiológico
Área
Câncer Bexiga
Instituições
Centro Universitário de Tecnologia e Ciências - UniFTC - Bahia - Brasil, Universidade Salvador - UNIFACS - Bahia - Brasil
Autores
CAROLINA SANTOS GONDIM NASCIMENTO, JULLYANA FERREIRA BRASIL, MÁRCIO JAMERSON PINHEIRO LUCIO, LAÍS CRISTINA PEREIRA DA SILVA, SARA OTONI BLANC, TAIRONE MATOS DE LIMA JUNIOR, LETÍCIA SANTOS DA PAIXÃO, VANESSA BRITO RAMOS, VANESSA ARGOLO TORRES, ISABELLE MARIA DOS ANJOS CHAVES