Dados do Trabalho


Título

O IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NO TRATAMENTO CIRURGICO DAS NEOPLASIAS MALIGNAS DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO NO CONTEXTO DO SISTEMA UNICO DE SAUDE BRASILEIRO: COMPARATIVO NACIONAL, REGIONAL E DO ESTADO DA PARAIBA

Resumo

Introdução: As neoplasias do aparelho reprodutor masculino (ARM) são de diagnóstico comumente tardio, dada a sua evolução insidiosa. Com a pandemia do Novo Coronavírus, o Ministério da Saúde do Brasil (MS), redirecionou seus recursos financeiros, materiais e humanos, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para tal enfrentamento; fato que, aliado à política de isolamento social, adotada no país, gerou impactos à população, como o retardo no diagnóstico e no tratamento de uma série de doenças prevalentes, inclusive as oncológicas. Objetivos: Este trabalho visa estabelecer relação causal entre a vigência da pandemia da COVID-19 e o impacto no número cirurgias para tratamento dos cânceres (CA) do aparelho genital masculino, no âmbito do SUS. Métodos: A base de dados utilizada foi o DATA SUS (tabuador de dados: TABNET), onde foram extraídos os índices epidemiológicos referentes ao número de cirurgias realizadas pelo SUS para o tratamento das neoplasias malignas de pênis, próstata e testículos, no período de 2017 a 2020, comparando-se os resultados em nível nacional, com os da Região Nordeste e do estado da Paraíba. Resultados: Demonstrou-se que, no período de 2017 a 2019, houve clara tendência de aumento no número de cirurgias realizadas anualmente para o tratamento dos cânceres dos órgãos do ARM, com acréscimo médio de 3.726 cirurgias/ano. Todavia, em 2020, ano da primeira onda da pandemia da COVID-19, esse número sofreu uma queda brusca, de 55,83%, comparando-se ao ano anterior. A baixa no número de cirurgias foi de 44,01% para CA de pênis; 57,92% para o de próstata; e 46,57% para o CA de testículo. Acompanhando o padrão de queda nacional, as cirurgias realizadas no Nordeste sofreram redução de 54,26% (testículo), 33,34% (pênis) e 54,73% (próstata), enquanto na Paraíba as reduções foram de 80% (testículo); 63,63% (pênis); e 43,93% (próstata). Conclusões: A análise comparativa dos dados epidemiológicos, da plataforma DATA-SUS do MS, conclui que o número de cirurgias para tratamento das neoplasias malignas do aparelho reprodutor masculino, crescentes no período de 2017 a 2019, apresentaram expressiva diminuição em 2020, tanto nas esferas nacional e regional, quanto no estado da Paraíba. A redução do número de cirurgias para o tratamento do câncer da próstata foi menor na Paraíba, na comparação regional e nacional.

Palavras Chave

neoplasias urológicas, intervenções cirúrgicas, pandemia de COVID -19.

Área

Câncer de Próstata Localizado

Instituições

Centro Universitário UNIFACISA - Paraíba - Brasil, Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil

Autores

ANA RUTH ANGELO LEITE, CAMILLA DE SALES BRITO, GABRIELA BRAGA SANTOS, IASMIN GONDIM DO NASCIMENTO AIRES, LARA MARTINS DE SOUSA BENJAMIN, MARIA LUISA LIMA LISBOA, ARLINDO MONTEIRO DE CARVALHO JÚNIOR