Dados do Trabalho

Título

Jornada das Cores: Um método lúdico e criativo de educação no Centro de Material e Esterilização

Introdução

O aprendizado contínuo desempenha um papel essencial na formação dos profissionais, dada a rápida evolução das evidências cientificas e tecnológicas que norteiam a área da saúde. Para atender à essa demanda e estarmos sempre atualizados, a educação continuada e permanente, nos garante a oportunidade de aprimorar nossas habilidades, adquirir novos conhecimentos e assegurar a prestação de cuidados de qualidade e seguro aos pacientes. Como profissionais de saúde, é nossa responsabilidade buscar e compartilhar possibilidades de aprendizado e crescimento, o que motivou um método de treinamento lúdico e criativo com conceitos pertinentes no que se refere ao Centro de Material e Esterilização.

Objetivo

Promover treinamento com uma abordagem diferenciada sobre os procedimentos obrigatórios e essenciais do Centro de Material e Esterilização, a fim de garantir a assertividade e segurança do processamento dos dispositivos médicos.

Método

Trata-se de um relato de experiência desenvolvido em um hospital extraporte, privado, do município de São Paulo - SP. Uma campanha de comunicação interna multimídia e multicanal que utiliza as cores dos meses, que já são conhecidas nacionalmente, foi utilizada para simbolizar processos específicos do CME, expondo todas as peculiaridades desse setor. Os temas foram selecionados a partir de uma pesquisa realizada com enfermeiros(as) do CME, a fim de identificar as oportunidades de melhoria que deveriam ser abordadas no treinamento. Também foram ouvidos profissionais de setores que fazem interface com os processos do CME, como a Engenharia Clínica.

A campanha teve início em janeiro de 2023 e terá a duração de 12 meses, divididos em 4 etapas de 3 meses cada, respeitando o fluxo de trabalho do CME: a primeira etapa foi o Expurgo, seguida pelo Preparo, Esterilização e Arsenal. Foram utilizados banners, vídeos, podcasts e brindes com uma linguagem lúdica, leve e divertida.

Discussão e Conclusões

A campanha trouxe resultados satisfatórios, principalmente entre os profissionais que atuam diretamente envolvidos nos processos. Os colaboradores debateram os temas durante todo o mês e divulgaram espontaneamente os materiais da campanha em grupos de conversa, além de utilizarem o banner como plano de fundo para fotos em redes sociais. Houve uma grande adesão de todos os profissionais do bloco cirúrgico, incluindo enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, engenheiros, técnicos administrativos, instrumentadores cirúrgicos e gestores.
A forma e a linguagem escolhidas no processo de aprendizagem desempenham um papel crucial no engajamento dos colaboradores. Os elementos visuais possuem uma capacidade única de transmitir informações de maneira envolvente, atrativa e memorável, garantindo uma absorção mais eficiente dos conhecimentos. Isso contribui para promover uma comunicação interna eficaz. Portanto, é fundamental utilizar estratégias visuais para tornar o aprendizado mais impactante e envolvente para os profissionais de saúde.

Conclusões

O principal legado que a campanha está agregando para o setor é a conscientização dos profissionais de todo o bloco cirúrgico, em especial do CME, que para cada processo, por mais simples ou rápido que seja, existe um protocolo operacional, e cada etapa seguida contribui diretamente na excelência do cuidado fortalecendo o conceito de segurança ao paciente.

Palavras-chaves

Treinamento
Centro de Esterilização
Educação em Enfermagem

Referências

1.Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização - SOBECC. Práticas recomendadas da SOBECC. 7. ed. São Paulo: SOBECC; 2017.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução da Diretoria Colegiada nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Brasília; 2012
3. Vieira MC; Cruz RA. A importância da educação continuada/permanente na área da saúde no setor de enfermagem. Revista Uningá. 2012 Mar; 31(1): 141-9