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Dados do Trabalho


Título

ESCALA DE PRIORIDADES COMO FERRAMENTA NORTEADORA DO TRABALHO NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

Introdução

Cada vez mais frequente, se faz necessário o desenvolvimento de estratégias que tratem a comunicação interpessoal como fator essencial para a continuidade da assistência, distanciando do empirismo e qualificando instrumentos, fundamentando as práticas, e, assim entregando mais segurança no cuidado ao paciente¹. Com o intuito de melhorar a comunicação no centro de materiais e esterilização (CME) pode-se fazer uso de ferramentas já conhecidas e utilizadas como o método SBAR dentre outros, ou a confecção de ferramenta própria e direcionada para essa finalidade².

Objetivo

Relatar experiência do uso de ferramenta própria como norteadora da comunicação no CME.

Método

Relato de experiência do processo de trabalho de um CME centralizado, situado em um complexo hospitalar de grande porte privado do interior do Rio Grande do Sul com produtividade cirúrgica média de 1.200 cirurgias/mês.

Resultados

O início da escala de prioridades se dá após informações discutidas e coletadas no round cirúrgico que ocorre diariamente, revisando integralmente a previsão de recursos para a escala cirúrgica do dia seguinte. Nela são descritas informações de todas as cirurgias que ocorrerão durante o dia, são elas: horário, procedimento cirúrgico, cirurgião, caixa cirúrgica utilizada, perfurador/motor, óptica e um último campo com informações adicionais que sejam solicitadas em escala, como o uso de material próprio do cirurgião, ou material consignado, também ficam sinalizados nela com maior destaque os que serão utilizados mais de uma vez no mesmo dia, que se denominam “reprocesso”. A primeira passagem da escala de prioridade ocorre às 08:00, onde, o enfermeiro assistencial do CME reúne toda a equipe operacional lê e pontua as prioridades do dia e qual a ordem do processamento destas. No setor, as escalas já ficam fixadas em pontos estratégicos, desde a área de recebimento e limpeza até o arsenal. A segunda passagem se dá às 13:00, onde, a equipe da manhã passará as informações para a equipe da tarde, com base na escala, elencando as prioridades já atendidas e aquelas que ainda estão pendentes. A terceira passagem ocorre com os colaboradores que estão nos arsenais, nesse momento são pontuadas as caixas cirúrgicas e equipamentos que estão em utilização e devem ficar prontos para o próximo dia, nessa etapa além de trazer as informações da escala de prioridade do dia, já se tem informações da escala cirúrgica do dia seguinte. Durante a passagem de plantão do turno da tarde para o noturno, resgatam-se as prioridades atendidas e são sinalizadas as principais para as cirurgias do início do próximo dia, prevendo maior agilidade nestes materiais e garantindo a segurança do paciente.

Conclusões

O resultado do uso da ferramenta mostra-se bastante satisfatório, no que tange ao serviço prestado pelo CME aos centros cirúrgicos, mostra-se como um grande facilitador da comunicação para todos os envolvidos por conter informações rápidas, detalhadas e ser de fácil leitura. Observa-se uma redução nas faltas de materiais cirúrgicos e, consequentemente na suspensão e/ou atraso de procedimentos, tendo em vista que diariamente são 20 salas cirúrgicas demandando, setorizadas em dois centros cirúrgicos, um centro obstétrico e uma hemodinâmica em dois prédios interligados, porém distintos.

Palavras-chaves

Equipe de enfermagem; Esterilização; Comunicação.

Referências

1. Nascimento JSG, Rodrigues RR, Pires FC, Gomes BF. Passagem de plantão como ferramenta de gestão para segurança do paciente. Revista de Enfermagem da UFSM, [Internet], v. 8, n. 3, p. 544–559, 2018. DOI: 10.5902/2179769229412. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/29412. Acesso em: 10 maio. 2022.
2. Ioshida CAF, Tamiasso RSS, Novembre RC, Santos DC. Passagem de plantão no CME uma ferramenta com base na metodologia SBAR. Anais do congresso internacional de qualidade em serviços e sistemas de saúde, 2017. [Internet] Anais eletrônicos: Campinas, Galoá, 2017. Disponível em: <https://proceedings.science/qualihosp/papers/passagem-de-plantao-no-cme-uma-ferramenta-com-base-na-metodologia-sbar> Acesso em: 05 Maio. 2022.
3. Fraga IMN, Nascimento ACA, Santana NA, Correia, AS, MELO IAA. Comunicação Efetiva no Contexto Hospitalar: uma Estratégia para a Segurança do Paciente. Congresso Internacional de Enfermagem, [Internet], v. 1, n. 1, 2017. Disponível em: https://eventos.set.edu.br/cie/article/view/5573. Acesso em: 10 maio. 2022.

Área

Gestão

Autores

LUCIANO LEMOS DORO, CLÁUDIA PEREIRA DOS SANTOS, KAREN DE ABREU BRAIDA, CRISTIANE FABÍOLA RIBEIRO VIEIRA, ANGELITA PAGANIN COSTANZI