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Dados do Trabalho


Título

Vou operar, e agora? Validação de aplicativo para orientação do paciente cirúrgico

Introdução

Cirurgias são técnicas escolhidas para auxiliar ou aliviar os indivíduos com suas debilidades. A intenção do programa “A Cirurgia Segura Salva Vidas”, elucidado no manual, tem como objetivo reduzir o número de mortes e complicações cirúrgicas; sendo assim, ele desenvolve condutas consideráveis para sua conquista (1). Pelo motivo da área da saúde ser complexa, não é difícil se deparar com pacientes que acham suas orientações pré/pós-cirúrgicas complicadas ou até mesmo extensas. Reconhecer as necessidades dos usuários dessa ferramenta é fundamental para arquitetar e implementar novas tecnologias. Com base em artigos científicos foi possível perceber a evolução do papel do paciente na sua avaliação médica. Foi compreendido que por meio de ações mais centradas no paciente, como a orientação cirúrgica, seria possível um entendimento mais individualizado de cada pessoa, e tal exercício ajudará na prática de sua autonomia. A pesquisa literária enfatizou que os prestadores de cuidados da saúde têm a obrigação de respeitar a autonomia dos pacientes, ressaltando que eles são indivíduos que requerem apoio, entretanto, não são receptores passivos de ajuda (2). Esse exercício só é plenamente praticado se o paciente compreender a situação em que se encontra; entretanto o Brasil é um país com variáveis níveis de escolaridade e socioeconômicos, indicando que os graus de entendimentos são inconstantes – principalmente no que tange o principal documento feito para garantir o exercício da autonomia, o Termo de Consentimento Informado.

Objetivo

O objetivo desse estudo foi o desenvolvimento e validação de jogo sério acerca da cirurgia segura com o foco na orientação do paciente.

Método

O jogo engloba informações educando o paciente a respeito do que sucederá com ele desde sua entrada no hospital até o momento da saída da sala cirúrgica. A metodologia para as etapas de preparação da pesquisa irá acontecer de acordo com o método AIMED (Agile, Integrative and Open Method for Open Educational Resources Development), o qual propõe a sistematização de processos para o desenvolvimento de jogos sérios (como recurso educacional). O jogo é dividido em quatro fases, sendo que cada uma delas expressa um local do hospital: recepção; quarto; sala cirúrgica e pós-operatório. Os cenários mostram os passos que ocorrem com os pacientes durante a estadia no hospital; os quais são separados em “avisos" (explicação lúdica do assunto); “jogo/desafio” (parte prática para gravar o conhecimento) e perguntas rápidas.

Resultados

A sua validação educacional consistiu em avaliar o efeito do jogo com os juízes (profissionais da saúde) e usuários testes (alunos de cursos da saúde); estimular uma experiência de aprendizagem e determinar se o jogo desempenhou o papel de educar/treinar (3). Sendo assim, obteve-se mais de 90% de aprovação por parte dos juízes, os quais suas principais contribuições foram a respeito da jogabilidade associado a elogios em relação ao conteúdo e jogabilidade; enquanto, para os usuários testes o aplicativo é instrutivo e serve seu propósito, manifestando uma aprovação acima de 95%.

Conclusões

Após a validação, concluiu-se que a ferramenta pode diminuir os transtornos cabíveis de acontecer durante o período hospitalar. Poderá trazer consequências significativas, visto que, de maneira produtiva, os pacientes adquirirão conhecimento e segurança, perante a equipe médica, e tranquilidade, pela razão de possuírem um discernimento visual do que virá a acontecer.

Palavras-chaves

Educação Médica; Segurança do Paciente; Jogos Experimentais

Referências

1. FILHO,Motta;SILVA,LúciadeFátimaNeves;FERRACINI,AntônioMarcos; BÄHR, Germana Lyra. Protocolo de Cirurgia Segura da OMS: O grau de conhecimento dos ortopedistas brasileiros. Revista Brasileira de Ortopedia, 2013, 48 (6) 554-562
2. URGATE, Odile Nogueira; ACIOLY, Marcus André. O princípio da autonomia no Brasil: discutir é preciso. Rev. Col. Bras. Cir. 2014; 41(5): 274-277
3. MENDOZA B. P, GALVIS P. Á. Ambientes virtuales de aprendizaje : una metodología para su creación. Fac Ing Univ los Andes [Internet]. 1999; Disponível em: https://www.virtualpro.co/biblioteca/ambientes- virtuales deaprendizaje-una-metodologia-para-su-creacion. Acesso em: 22 jan 2021.

Área

Inovações em educação

Autores

Ana Paula Modesto, Beatriz Alves das Chagas, Marina Guimarães Gunther, Bruna Glislere, Guilherme Nogueira