Dados do Trabalho

Título

RELATO DE CASO: SUPERANDO A ALTA IMPEDÂNCIA POR PULSOS DE RADIOFREQUÊNCIA DE CURTA DURAÇÃO NA ABLAÇÃO DE ARRITMIA VENTRICULAR PERIVASCULAR. SURGE UMA NOVA TÉCNICA?

Introdução, Objetivo, Metodologia, Resultados, Considerações finais

Introdução: A ablação por radiofrequência no interior de veias cardíacas para o tratamento de arritmias ventriculares perivasculares é desafiadora em alguns casos em decorrência de limitações de natureza biofísica. Fatores como alta impedância ou baixo esfriamento convectivo da ponta do cateter determinam sérios impedimentos para a aplicação de lesões efetivas.
Relato de caso: Apresentamos o caso de paciente mulher, 28 anos, portadora de arritmia ventricular idiopática peri-vascular, originada nas porções terminais da grande veia cardíaca. Na presença de critérios ótimos de mapeamento, a ablação determinava interrupção imediata da arritmia porém a efetivação da lesão era impossibilitada pela elevada impedância intravascular, com valores situados entre 220 e 280 ohms e picos superiores a 300 ohms, induzindo desligamento automático do gerador de radiofrequência, decorridos entre 3 e 5 segundos do início das aplicações. Foram realizadas tentativas sucessivas de ablação com persistência do mesmo fenômeno, contudo após a 37a aplicação demonstrou-se uma inesperada queda progressiva e rápida da impedância até níveis inferiores a 100 ohms, acompanhada por modificação também progressiva nas características dos eletrogramas ventriculares locais e por sensível aumento da potência fornecida, permitindo aplicações completas com desaparecimento irreversível da arritmia.
Conclusões: A barreira de alta impedância na ablação intravascular pode ser contornada por tentativas de aplicações sucessivas de curta duração, que determinam melhora na condutividade tecidual possivelmente por produção de edema local, possibilitando lesões efetivas.

Palavras Chave

ablação com alta impedância;arritmia ventricular;curtas aplicações de radiofrequência