5º Simpósio Internacional de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ESTIMULAÇAO DE FEIXE DE HIS: EXPERIENCIA INICIAL DE UM CENTRO

Introdução, Objetivo, Metodologia, Resultados, Considerações finais

Introdução: O implante de dispositivo cardíaco com estimulação hissiana (MPH) é uma intervenção estudada atualmente para evitar disfunções miocárdicas decorrentes da dissincronia gerada pela estimulação contínua de VD em sítios tradicionais de implante. O estímulo do feixe de his utiliza-se da rede de purkinje para uma despolarização ventricular global e sincronizada. Objetivo: Demonstrar a experiência de um serviço em implante de MPH. Método: Relatar uma coorte prospectiva de casos submetidos a implante de eletrodo hissiniano em um único centro no período de 07/2017 à 08/2019.Resultados: 31 pacientes, 22 homens e 9 mulheres, com idade média de 70,9 anos (35-93). A média da largura do QRS pré era de 121 ms (72-182) e da FEVE de 34 % (26-75%).Dentre os pacientes 16 (51,6%) apresentavam bloqueios atrioventriculares de alto grau no momento do implante do DCEI. 3 (9,6%) implantaram o MP por hipersensibilidade do seio carotídeo, 4 (13%) com doença do nó sinusal, 5 (16%) ressincronizadores e 3 (9,6%) dissincronia pelo MP convencional e indicação de TRC realizou implante de MPH.A duração média dos procedimentos foi de 143’ (73’-300’). No intraoperatório, o posicionamento do eletrodo foi guiado pela presença de um catéter diagnóstico quadripolar de eletrofisiologia posicionado no tronco do feixe de his. A estimulação seletiva de HIS foi alcançada em 11 (35,5%) pacientes, nos outros 20 (64,5%) a estimulação foi não seletiva. 1,39V/1,1 ms (0,5-4,0) foi o limiar médio de comando na estimulação seletiva, com potencial endocavitário de 3,5mV (1,5-8,1). Já os não seletivos tiveram limiar de comando médio de 1,75V/1,0ms (0,8-4V) e potencial endocavitário médio de 5,9 mV (1,3-16mV).A média de duração do QRS pós foi de 108ms (78-200), sendo que redução de largura foi alcançada em 3 pctes com estimulação seletiva. 6 pacientes COM MPH apresentaram melhora da FEVE ao ECO TT no follow up, sendo 4 acompanhados de TRC. Não houve casos de redução significativa na FEVE durante o seguimento. Conclusão: A estimulação hissiana permanente é factível e real. A indicação, cirurgia e a programação de um MPH devem ser feitas de forma criteriosa. Suas peculiaridades em relação à estimulação tradicional ainda tornam esta modalidade um desafio.

Palavras Chave

ESTIMULAÇÃO CARDÍACA;FEIXE DE HIS;TÉCNICA CIRURGICA

Área

Tema livre

Categoria

Tema Livre

Instituições

Centro Avançado de Ritmologia e Eletrofisiologia - CARE - São Paulo - Brasil, Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

CARLOS EDUARDO DUARTE, SILAS DOS SANTOS GALVÃO FILHO, J TARCISIO MEDEIROS DE VASCONCELOS, ANDRE BRANBILLA SBARAINI, THIAGO REGO DA SILVA, GUILHERME GAESKI PASSUELLO, JOÃO DURVAL RAMALHO TRIGUEIRO, JARDEL GODINHO SOUZA CAVALCANTE, LUCIENE DIAS DE JESUS, JAQUELINE CORREIA PADILHA