Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERP NO DISTRITO FEDERAL ENTRE 2015 E 2022

Introdução

O câncer de colo de útero é uma doença com história natural conhecida, de evolução lenta, passível de rastreamento e detecção precoce, constituindo-se como o quarto câncer mais comum entre mulheres de todo o mundo. O diagnóstico, a incidência e a taxa de óbitos dessa patologia dependem do perfil epidemiológico da neoplasia e de características inerentes à mulher acometida.

Objetivo

Analisar a epidemiologia do câncer de colo de útero no Distrito Federal, entre os anos de 2018 e 2022, e correlacionar a incidência de casos e óbitos com fatores demográficos.

Casuística

Não se aplica.

Método

Foi realizado um estudo epidemiológico de cunho descritivo e quantitativo, a partir de dados coletados pelo Sistema Único de Saúde - DATASUS. As variáveis consideradas foram: casos, óbitos, raça/cor, faixa etária, exames de rastreio e modalidades terapêuticas.

Resultados

Durante o período descrito, foram identificados 995 casos diagnosticados de câncer de colo de útero no Distrito Federal, dos quais 242 (24,3%) evoluíram para óbito. Nesse sentido, a população parda foi a mais afetada (28,5%), seguida pela branca (7,8%), preta (2,5%) e amarela (2,5%), apesar do número de Sem Informação (58,7%) ser bastante expressivo. Os registros por faixa etária indicam maior prevalência nas mulheres de 40 a 44 anos (17,4%) e 35 a 39 anos (14,5%), enquanto os extremos de idade processam os menores índices, com 1,6% dos casos na população de até 24 anos e 2,2% na de 80 anos ou mais. Em relação aos exames de rastreio e diagnóstico, foram realizadas 239.391 colpocitologias, sendo 31% apenas no ano de 2019, além de 3.595 avaliações histológicas. Outra variável interessante analisada foi o estadiamento ao diagnóstico, sendo 3 (30,3%) e 2 (17,3%) os mais comuns. Quanto à modalidade terapêutica, o tratamento quimioterápico segue sendo o principal (41,6%), acompanhado pela radioterapia (22,7%) e pela cirurgia
(13,5%).

Conclusões

Nota-se, a partir das informações analisadas, uma prevalência de casos de câncer de colo uterino no Distrito Federal em mulheres pardas e na meia-idade (40 a 44 anos), com identificação pouco precoce da doença - apesar de serem necessários mais dados. Dessa forma, deve-se destacar a importância de investimento na realização de ações e exames preventivos, uma vez que o câncer de colo de útero, quando detectado em estágios iniciais, é passível de cura.

Palavras-chave

Neoplasias do Colo do Útero; Epidemiologia; Procedimentos Preventivos contra Doenças.