Dados do Trabalho

Título

FERTILIDADE EM MULHERES PÓS CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução

O câncer de mama é uma das neoplasias malignas com maior incidência na população feminina, com diagnóstico cada vez mais prevalente em mulheres com idade inferior a 40 anos. Em decorrência da idade precoce de acometimento da doença, é importante salientar a questão reprodutiva nas pacientes com câncer de mama, uma vez que a maioria encontra-se em idade fértil e a vontade de gestar pode ser um aspecto a ser considerado durante a doença e seu devido tratamento.

Objetivo

Analisar a interferência do câncer de mama na fertilidade e o impacto nos desfechos gestacionais.

Casuística

Não houve.

Método

Trata-se de uma revisão descritiva de literatura, na qual foram analisados artigos dos últimos 5 anos das plataformas de pesquisa “Lilacs” e “Pubmed”, utilizando os descritores “câncer de mama", "gestação" e “fertilidade”.

Resultados

Sabe-se que muitos agentes quimio e radioterápicos utilizados no tratamento do câncer de mama podem ter efeitos gonadotóxicos, interferindo na fertilidade ou ainda levando à menopausa precoce. Essa questão deve ser abordada em todas as pacientes como parte do diagnóstico precoce, uma vez que estudos demonstram que mais da metade das mulheres com menos de 35 anos e com neoplasia mamária desejam gestar futuramente e uma fração delas reconsidera o tratamento, pelo fato de não querer que o mesmo tenha consequências negativas em sua vida fértil. Corroborando a importância da discussão da questão reprodutiva, foram comparados os desfechos gestacionais em mulheres que passaram por tratamento de preservação de fertilidade após o câncer de mama com pacientes que não foram submetidas ao mesmo tratamento. Observou-se que, entre as mulheres com preservação da fertilidade antes do uso dos radioterápicos, as taxas de nascidos vivos após câncer de mama foram significativamente maiores. Ademais, demonstrou-se que mulheres que tiveram doença mamária maligna, principalmente aquelas que passaram por quimioterapia, apresentaram maior chance de cesariana, parto prematuro e recém nascidos pequenos para idade gestacional. Com isso, é visível que, apesar de a gestação não aumentar a chance de morte ou recorrência, pacientes com câncer de mama precisam de maior atenção quando manifestam desejo de gestar.

Conclusões

Conclui-se que pacientes com neoplasia de mama diagnosticadas em idade reprodutiva necessitam de uma abordagem multidisciplinar, a qual busque o melhor método possível e desejável para proteger a função ovariana e garantir uma gestação segura, se assim for almejado pela paciente.

Palavras-chave

Câncer. Mama. Gestação. Fertilidade. Tratamento.