Dados do Trabalho
Título
LESÃO DE ALTO GRAU DE CÉLULAS ESCAMOSAS DO COLO UTERINO: UMA PERSPECTIVA DE IDADE DAS MULHERES ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO ESTADO DO PARÁ NOS ANOS DE 2019 A 2022
Introdução
O câncer do colo de útero, é a terceira neoplasia maligna mais incidente nas mulheres no Brasil, apresentando alto índice de mortalidade. Segundo Instituto Nacional de Câncer, a região Norte destaca-se como a mais incidente no país em um comparativo com as demais regiões apresentando uma estimativa de 26,24/100 mil mulheres acometidas para cada ano do triênio 2020 - 2022. Os altos índices descritos nas estatísticas referentes ao Pará, estão associados ao rastreamento ineficiente da população, além de fatores comportamentais. A doença se desenvolve a partir de lesões precursoras as quais têm potencialidade para a progressão maligna.
Objetivo
O objetivo deste estudo é descrever a taxa de lesões intraepiteliais de alto grau em mulheres do estado do Pará de acordo com as regionais de saúde.
Casuística
N
Método
Foi desenvolvido um estudo epidemiológico descritivo e comparativo de abordagem quantitativa retrospectiva utilizando dados do sistema de informação do câncer, base de dados disponibilizada pelo departamento de informática do sistema único de saúde entre os anos de 2019 a 2022. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Pará o mesmo se divide em 13 regiões de saúde limitando as áreas de abrangência geográfica, a fim de, descentralizar a população para melhor assistência.
Resultados
. No período de 2019 a 2022 foram diagnosticados através de exame citopatológico um total de 3.832 casos de lesão de alto grau, no estado do Pará, dividiu-se os dados em regionais de saúde e de acordo com a faixa etária onde analisou-se idades de 10 a 79 anos. A regional 1, que abrange a capital Belém e região metropolitana, obteve um total de 34,7% sendo a faixa etária de 55 a 59 anos a mais incidente, a segunda regional com maior abrangência dos casos foi a regional 11 com 17,6% dos casos, com maior evidência nas idades entre 30 a 34 anos, vale destacar que esta regional possui algumas das cidades mais populosas do estado, atrás somente da capital e do município de Ananindeua. As regionais 2, 3 e 4 apresentaram cerca de 10% dos casos entre as faixas etárias de 30-39 anos. As regionais de saúde 5 e 6 apresentaram maiores quantidades de casos acima dos 50 anos, enquanto as regionais 7 e 8 obtiveram casos a partir dos 20 anos, e a regional 13 com casos na faixa etária de 30 a 34 anos, a somatória de porcentagem de casos próxima a 20%. As demais regionais, 9, 10, 12 e 13, mostraram proporção de 19% dos casos das faixas etárias de 30 a 44 anos. De acordo com os dados coletados observou-se que a faixa etária mais acometida com a lesão de alto grau, gira em torno de mulheres de 25-60 anos, coincidindo com a faixa etária preconizada pela OMS para o rastreio, mas que estas idades variam de acordo com as regionais de saúde do Estado, mostrando as particularidades de cada região, seja para rastreio, diagnóstico e fatores de risco.
Conclusões
Portanto, o trabalho torna-se relevante para conscientizar acerca da prevenção e rastreamento, pois quando essas lesões são diagnosticadas e tratadas precocemente, interrompe-se sua progressão para carcinoma invasor, ressaltando-se que o câncer do colo uterino é uma doença evitável.
Palavras-chave
Câncer. Lesão de alto grau. Rastreamento.
Fotos e tabelas
TOTAL
Área
Prevenção / Rastreamento
Autores
ANDRESSA LEITAO PAIVA, VANESSA GONÇALVES DE SOUSA VIDAL, VITOR EDUARDO MORAIS VINHAL, THALITA DE CASSIA SILVA DE OLIVEIRA, JULLYA PASSARELLI FERREIRA DA SILVA, LUCIANA PEREIRA COLARES LEITAO, RENOR GONÇALVES DE CASTRO NETO