Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES POR CÂNCER DE MAMA NO BRASIL ENTRE 2017 A 2021
Introdução
O câncer de mama configura uma desordem genética caracterizada pela proliferação celular anormal do tecido mamário decorrente do acúmulo de mutações no genoma do indivíduo. Com incidência proeminente nas regiões Sul e Sudeste, o câncer de mama é a neoplasia com maior prevalência no território brasileiro, excluindo os tumores de pele não melanoma, sendo ainda apontado como a primeira causa de óbito associada ao câncer entre a população feminina. A adequada compreensão da distribuição dessa neoplasia e, sobretudo, de suas internações subsequentes entre o período de 2017-2021, é de grande valia para o melhor planejamento e execução de ações de rastreio e prevenção do câncer de mama no Brasil para os anos seguintes, visando a redução da mortalidade por tal causa.
Objetivo
Analisar as internações hospitalares por neoplasia maligna de mama no período de 2017 a 2021.
Casuística
Não se aplica.
Método
Estudo descritivo e retrospectivo sobre as internações hospitalares por câncer de colo de útero nos anos de 2017 a 2021 no Brasil. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de internações, faixa etária e Região. Não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.
Resultados
A partir dos dados analisados, constatou-se que no país no período de 2017 a 2021 cerca de 340.727 pacientes precisaram de internação devido a complicações do câncer de mama, sendo que a Região Sudeste obteve o maior número de pacientes (171.218) que necessitaram de cuidados hospitalares, seguido pela Região Nordeste com 75.722 casos. Além disso, a faixa etária de 50 a 59 anos com 94.818 foi a que mais apresentou casos, seguido por 40 a 49 anos com 78.128 internações. Além disso, entre os homens cerca de 3.568 pacientes precisaram de cuidados hospitalares devido ao câncer de mama.
Conclusões
Com base na análise de dados, é evidente a necessidade de aperfeiçoamento das políticas públicas relacionadas ao rastreio e diagnóstico inicial de câncer de mama, uma vez que as taxas de cura são próximas a 100% no diagnóstico do tumor in situ. Além disso, mesmo tumores invasivos podem ter tratamento curativo, desde que diagnosticados com brevidade. Constata-se que exames de mamografia de baixa qualidade, assim como a demora no início da terapêutica, são desafios a serem solucionados para a diminuição dos índices de internação e óbito por neoplasia de mama. Ademais, ênfase especial deve ser dispensada às faixas etárias mais acometidas pela doença (50 a 59 anos), com o incentivo à adesão ao rastreamento e tratamento, quando indicados.
Palavras-chave
Câncer; Internações, Mama.
Área
Tumores da mama
Autores
LARISSA ROBERTA NEGRAO, FELIPE BRUM RODIGHERO, GABRIELI ONOFRE, RENAN MATHIAS FERREIRA SALTIÉL, LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, PIETRA BRAVO ARAÚJO, MATHUES ALBERTO CELLA