39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR CANCER DE ADRENAL NO BRASIL EM HOMENS E MULHERES DE 2015 A 2020

Introdução e Objetivo

INTRODUÇÃO: A neoplasia maligna da glândula suprarrenal é extremamente rara, com incidência de 1/milhão/ano¹, sendo que o pico de incidência ocorre nos primeiros 4 anos de vida e a maioria afetada pertence ao sexo feminino². A maioria desses tumores são originados nas células do córtex da suprarrenal e não secretam hormônios, sendo considerados adenomas³. No entanto, os tumores da glândula suprarrenal costumam ser achados acidentais através de exames de imagens, sendo encontrados entre 1 e 4% de todas as tomografias computadorizadas (TC) realizadas².OBJETIVOS: Identificar a faixa etária da população feminina e masculina mais acometida pela neoplasia maligna de suprarrenal e avaliar as regiões do Brasil com maior número de casos.

Método

Refere-se a um estudo ecológico, retrospectivo e exploratório, com dados de mortalidade a nível nacional, extraídos do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Foram considerados os 22 Capítulos da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, décima versão (CID-10). O CID desta patologia é o C74, que trata sobre as neoplasias malignas da glândula suprarrenal e engloba o CID C740 (Neoplasia maligna do córtex da supra-renal), C741 (Neoplasia maligna da medula da supra-renal) e C749 (Neoplasia maligna da glândula supra-renal, não especificada).  Os dados foram tabulados e analisados por região e faixa etária (menores de 1 ano a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos, 15 a 19 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos ou mais) e sexo. 

Resultados

No Brasil, no período avaliado, ocorreram 1973 óbitos em virtude do câncer de adrenal; 339 em 2015, 291 em 2016, 340 em 2017, 355 em 2018, 337 em 2019 e 311 em 2020 (Figura 1). A Região Sul apresenta as maiores taxas de mortalidade para câncer de adrenal. No que se refere à idade, dos 1973 casos, a faixa etária de menores de 1 ano a 04 anos apresentou a maior taxa de óbitos, 358, seguida da faixa etária de 60 a 69 anos, com 331 óbitos. As mulheres apresentaram 11 óbitos a mais do que os homens. 

Conclusão

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são de extrema importância e igualmente eficazes para o diagnóstico diferencial de lesões de suprarrenal4. A região sul apresentou o maior número de casos. É necessário investigação e cuidado com a faixa etária pediátrica e idosa.

Área

Uro-Oncologia

Instituições

PUC-SP - São Paulo - Brasil

Autores

PEDRO HENRIQUE MARTINS DE OLIVEIRA, LUANA MARCELINO MATTOS ARAUJO, GUILHERME RICARDO NUNES SILVA, JOSIAS TORRES DE SIQUEIRA FILHO, JOÃO VICTOR FUZETA PERES, MATHEUS SAMPAIO SERRANO, JOSÉ DIOGO PEREIRA CANTARELLI, MARIANNA SILVA DEZEMBRO LEONELO, LEONARDO DE CAMPOS, VICTOR HUGO OLIVEIRA MARTINS COELHO