Dados do Trabalho

Título

RARO CASO DE PARAGANGLIOMA PARATESTICULAR: RELATO E REVISAO BIBLIOGRAFICA

Introdução e Objetivo

O paraganglioma é um tipo raro de câncer originado nas células nervosas das glândulas adrenais, com capacidade de secretar catecolaminas. Também pode surgir em locais fora das glândulas adrenais, como pescoço, cabeça e ao longo dos vasos sanguíneos. O acometimento dos testículos e cordão espermático é extremamente raro e foi descrito pela primeira vez em 1971. A apresentação clínica é variada e pode incluir sintomas como cefaleia, palpitações, sudorese, ansiedade, crises de pânico, hipertensão arterial ou mesmo ser assintomática. Neste artigo, será apresentado um caso de nódulo paratesticular em um homem de 43 anos submetido à exploração testicular.

Método

Este estudo consiste em um relato de caso que empregou uma abordagem descritiva e transversal. Realizou-se uma análise abrangente da literatura científica utilizando as bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Acadêmico.

Resultados

Paciente masculino, 43 anos, com nódulo no testículo esquerdo desde os 22 anos. Em 2018, desenvolveu hipertensão arterial associado a episódios de cefaleia, rubor, dispneia e palpitação. Em 2020, diagnosticado por ultrassonografia com uma formação sólida vascularizada paratesticular esquerda de 4cm. Além de BHCG < 1,20 e DHL de 282.O paciente perdeu o acompanhamento devido à pandemia. Submetido à cirurgia em julho de 2022 para a remoção do nódulo via inguinal. A análise anatomopatológica evidenciou o diagnóstico de paraganglioma paratesticular. O paraganglioma é uma neoplasia rara, que pode ser letal se não diagnosticada.  Geralmente se manifesta como uma massa indolor no testículo, podendo estar associado a sintomas como hipertensão arterial e sudorese excessiva devido à produção de catecolaminas pelos tumores funcionais. O diagnóstico é confirmado por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, além de análises histológicas. Algumas características são relacionadas a pior prognóstico, como necrose tumoral, atividade mitótica e êmbolos linfo vasculares. O tratamento padrão é a excisão cirúrgica. O acompanhamento a longo prazo é fundamental para detectar possíveis recorrências ou metástases tardias. 

Conclusão

A compreensão dos paragangliomas paratesticulares é limitada devido à sua raridade, exigindo pesquisas adicionais para aprimorar o conhecimento sobre essa condição e otimizar as estratégias diagnósticas e terapêuticas. O tratamento proposto é a excisão cirúrgica, com acompanhamento regular com exames de imagem.