Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO COMPARATIVA DE DUAS TECNICAS DE REPARO INTRAUTERINO DE MIELOMENINGOCELE EM RELAÇAO AOS PARAMETROS MOTORES, DERIVAÇAO VENTRICULO-PERITONEAL E FUNÇAO VESICAL

Introdução e Objetivo

Queremos comparar o impacto de duas técnicas de fechamento fetal de mielomeningocele nos parâmetros de categorização da bexiga.

Método

Avaliamos 128 pacientes submetidas ao fechamento fetal da mielomeningocele: 102 com a técnica original (grupo 1) e 26 pacientes com a técnica modificada (grupo 2), a qual consiste em dissecção mais agressiva dos nervos distais da aponeurose e fechamento não hermético da aponeurose para evitar a compressão do canal neural.

Resultados

Os pacientes operados no grupo 1 apresentaram boa mobilidade geral dos membros inferiores em 72,54%, regular em 12,2% e ruim em 7,8, enquanto os pacientes operados no grupo 2 apresentaram 88,4%, 3,8%, 7,6%, respectivamente. A incidência de derivação ventrículo peritoneal foi de 9,8% e 3,8%, respectivamente. O aparecimento de infecção urinária febril foi de 25,4% (grupo 1) e 3,8% (grupo 2). A incidência de hidronefrose foi de 19,6% (grupo 1) e em nenhum paciente o qual foi usada a técnica modificada. Não houve diferença significativa quanto ao trabeculamento vesical: 22,5% (grupo 1) e 23,07% (grupo 2). Refluxo vesicoureteral esteve presente em 16,6% (grupo 1) e 23,07% (grupo 2). A média de idade na avaliação urodinâmica foi de 7,9 meses (grupo 1) e 6,8 meses (grupo 2) e pacientes de alto risco em 51,9% (grupo 1) e 38,4% (grupo 2), incontinentes em 25,4% (grupo 1) e 23,07% (grupo 2), com bexiga hipoativa em 2,9% (grupo 1), 1,9% (grupo 2) e perfil de bexiga normal 15,6% (grupo 1) e 26,9% (grupo 2) respectivamente.

Conclusão

Encontramos uma tendência de melhora do perfil vesical e redução dos padrões de alto risco com a modificação da técnica de fechamento da mielomeningocele fetal.