39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

HIPOSPADIA DISTAL: POR QUE ACREDITAMOS QUE A "GLANDULAR URETHRAL DISASSEMBLY" SEJA A MELHOR ALTERNATIVA

Introdução e Objetivo

As hipospádias distais representam a apresentação mais frequente dentre todas hipospádias.

Uma desmontagem glandar parcial e agressiva em associação com uma menor manipulação e mobilização uretral, para tratar formas de hipospádia distal representa a lógica desse procedimento.

A combinação dessas duas etapas evita a necessidade de uretroplastia e linhas de sutura, minimizando o risco de fístulas.

Acumulamos 5 anos com a técnica "Glandular Urethral Disassembly" e este trabalho deseja revisar nossos dados e demonstrar a efetividade da técnica.

Método

Revisamos os prontuários de todos os casos operados em nossa instituição desde 2018.
 

Resultados

Foram tratados 225 pacientes com hipospádia distal.

A posição do meato após o desenluvamento do pênis foi coronal em 147 casos, subcoronal em 76 casos. 2 casos se apresentaram com megameato e prepúcio íntegro.

Ao analisar a curvatura peniana, 160 pacientes não apresentaram curvatura, 54 pacientes apresentaram curvatura menor que 30 graus, 8 pacientes apresentaram curvatura de 30-45 graus e 3 pacientes apresentaram curvatura maior que 45 graus.

Quatro (1,07%) pacientes apresentaram transposição penoescrotal acompanhada de hipospádia.

Trinta e seis (18,4%) pacientes se tratavam de reoperações (casos secundários), os quais se apresentaram como fístula uretral ou como meato coronal. Esses pacientes foram tratados com o mesmo princípio dos casos primários.

Encontramos complicações em 9 dos pacientes (4,0%), e as complicações apresentadas foram: 7 (3%) pacientes com fístula uretral, 5 (2,2%) pacientes com deiscência da glande e 3 (1,3%) pacientes apresentaram ambas as complicações.

O seguimento mínimo foi de 6 meses e máximo de 66 meses (média de 25,2 meses).

Conclusão

A combinação de pequena mobilização da uretra com ajuste para baixo e rotação da glande medialmente representa uma estratégia alternativa viável e segura para cirurgia de hipospádia distal.
 

Área

Urologia Pediátrica

Instituições

NUPEP/CACAU NÚCLEO DE UROLOGIA PEDIÁTRICA - São Paulo - Brasil

Autores

TAIANE ROCHA CAMPELO, ANTÔNIO MACEDO JR, RAUL GARCIA ARAGON, EMANUELLE LIMA MACEDO, RENATA ALVES CORREA, RAFAEL JORDAN BALLADARES, SÉRGIO LEITE OTTONI, RICARDO DEL DEBBIO DI MIGUELI , MARCELA LEAL DA CRUZ