39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

BRCA 1/2 MUTADO: O QUE PODE MUDAR NO RASTREAMENTO, VIGILANCIA ATIVA E TRATAMENTO DO CANCER DE PROSTATA?

Introdução e Objetivo

O câncer de próstata (CaP) é o mais prevalente e segundo que mais mata no Brasil em dados atuais do Instituto Nacional do Câncer. A prevalência nos EUA é semelhante e tem sido grande foco de pesquisas em alterações em genes como o BRCA1/2, os quais estão relacionados não somente ao maior risco de desenvolvimento de CaP, mas também ao desenvolvimento de tumores mais agressivos e resistentes à castração. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto da mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 na perspectiva do tratamento, do rastreamento e da vigilância ativa.

Método

Realizou-se uma pesquisa na plataforma PubMed com os seguintes descritores: Prostate; BRCA. Desta busca foram obtidos 432 artigos, posteriormente submetidos aos critérios de seleção. Após a aplicação dos critérios de seleção, restaram 5 artigos, que foram submetidos à leitura minuciosa para coleta de dados. 

Resultados

Recentes avanços no rastreamento, na vigilância ativa e no tratamento do CaP são o uso de análise genômica, em especial avaliação dos genes BRCA1/2 (principalmente por meio de sequenciamento de geração seguinte), e o uso de inibidores de PARP (Poli(ADP-ribose) Polimerase). A correlação entre anomalias nos genes BRCAs, destaque para o BRCA2, e aumento das probabilidades de desenvolvimento de CaP está repetidamente reafirmada na literatura. Assim, vem a ser recomendado como procedimento padrão a realização de pesquisa por falhas genéticas em pacientes com histórico familiar de CaP bem como câncer de mama. A prescrição de medicamentos inibidores da PARP, como rucaparib e olaparib, torna-se mais recorrente e incentivada a casos resistentes à castração química e mutação de BRCA1/2 devido aos favoráveis resultados de aumento da expectativa de vida. Todavia, a resistência à inibição é indicada como significativo entrave ao tratamento.

Conclusão

As mais recentes publicações sobre os genes BRCA1/2 e sua relação com o CaP indicam significativos avanços atuais no tratamento e no diagnóstico da patologia. Além disso, ainda que haja insuficiências nos métodos disponíveis, seu refinamento e aplicação com maior frequência no rastreio, o detalhamento com maior volume de dados, padronizando o diagnóstico, são bons indícios de futuras intervenções. 

Área

Uro-Oncologia

Instituições

Universidado do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

RAFAEL CUNHA DE ALMEIDA, PEDRO HENRIQUE LAGO DE OLIVEIRA, DAVID FONSECA LIMA , NILO CESAR RAIOL DE LIMA, EDUARDO PIOTTO LEONARDI, ISABELA NASCIMENTO DUARTE RODRIGUES, JOÃO VICTOR SANTOS MACEIÓ DA GRAÇA, BRUNO EMMANUELI DE OLIVEIRA SILVA, RAIMUNDO GILMAR PARANHOS DA SILVA JUNIOR, RUI WANDERLEY MASCARENHAS JUNIOR