Dados do Trabalho

Título

CORRELAÇAO DA BIOPSIA PROSTATICA TRANSRETAL COM AVALIAÇAO ANATOMOPATOLOGICA EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRURGICO POR ADENOCARCINOMA DE PROSTATA EM HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA

Introdução e Objetivo

O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais comum no homem e a quinta causa global de óbitos. O método padrão-ouro para diagnóstico consiste na biópsia prostática sistemática, com capacidade de detecção tumoral de aproximadamente 40% dos casos, podendo estar associada a complicações menores, mas com rara ocorrência de eventos maiores que necessitem de hospitalização. A análise anatomopatológica do produto da prostatectomia radical fornece subsídios para complementação das informações trazidas pela biópsia no manejo do câncer de próstata.  O objetivo do presente trabalho consiste em correlacionar dados obtidos pela biópsia prostática transretal guiada por Ultrassonografia com a avaliação anatomopatológica da peça cirúrgica em pacientes submetidos a prostatectomia radical por Câncer de Próstata não metastático em Hospital Terciário de Curitiba

Método

Estudo observacional longitudinal retrospectivo que avaliou 189 pacientes submetidos a prostatectomia radical pelo serviço de Urologia do CHC-UFPR entre 16 de abril de 2016 e 31 de dezembro de 2022 por meio de revisão de prontuários e análise estatística dos dados utilizando o teste de correlação de Pearson.

Resultados

Foram obtidos dados de 189 pacientes submetidos a prostatectomia radical com biópsia sistemática prévia com no mínimo 12 fragmentos. Houve uma média de 5,17 fragmentos acometidos por paciente com predominância de ISUP 1 em 32,2% e ISUP 2 em 31,2% dos casos. Já na análise anatomopatológica houve predominância de ISUP 2 em 44% e ISUP 3 em 29,6% dos casos. O coeficiente da correlação de Pearson entre o score Gleason da biópsia e da peça cirúrgica neste estudo correspondeu a 0,32, demonstrando fraca correlação das variáveis analisadas.

Conclusão

Houve concordância fraca entre o score Gleason da biópsia de próstata e análise anatomopatológica da peça cirúrgica, demonstrando a importância da necessidade de reavaliação da classificação ISUP e identificação de invasão tumoral antes e após a realização da prostatectomia radical.