Dados do Trabalho
Título
PREDITORES DE EXTENSAO EXTRAPROSTATICA EM ESPECIME CIRURGICO DE PROSTATECTOMIAS RADICAIS MINIMAMENTE INVASIVAS
Introdução e Objetivo
Achados anatomopatológicos de acometimento extraprostático, evidenciados na peça cirúrgica pós Prostatectomia Radical (PTR), denotam um Câncer de Próstata (CaP) mais invasivo, por vezes necessitando de terapias multimodais após tratamento cirúrgico. Portanto, é de suma importância a compreensão dos fatores preditores de extensão tumoral extraprostática (ETE), para individualização de planejamento e aconselhamento dos pacientes. Assim, o objetivo do presente estudo é compreender os fatores preditores de ETE em pacientes submetidos à PTR minimamente invasiva
Método
Este é um estudo de coorte prospectivo, no qual foram incluídos 524 pacientes submetidos a PTR robótica ou laparoscópica entre novembro de 2016 e dezembro de 2022. Os dados coletados no estudo incluem: idade, Índice de Massa Corporal (IMC), realização prévia de Ressecção Transuretral da Próstata (RTUp), tamanho da próstata, nível sérico de PSA, presença de extensão extraprostática no estadiamento pré-operatório e achados oncológicos em anatomia patológica. Foi realizada regressão logística para identificar os fatores preditores de ETE. Intervalo de confiança (IC) utilizado foi de de 95%.
Resultados
As medianas de idade, IMC, tamanho da próstata e valor de PSA foram 60 anos, 27,1 kg/m², 40g, 5,6ng/ml, respectivamente. No que tange à classificação da amostra, 165 (31%) pacientes são de baixo risco, 193 (37%) em risco intermediário e 166 (32%) em alto risco. A realização prévia de RTU ocorreu em 41 (7,82%) casos. Em relação à intervenção, 338 (64,5%) foram submetidos à PTR robótica, sendo os restantes submetidos à videolaparoscopia. Dos 524 pacientes, 110 (22,8%) apresentaram extensão extraprostática do tumor em anatomia patológica. Da amostra, 166 (31%) pacientes foram classificados em risco baixo, 192 (37%) em risco intermediário e 166 (32%) em alto risco. A variável PIRADS (OR 1,762; IC 1,243 - 2,507; p<0,002) mostrou-se um fator preditivo para ETE.
Conclusão
É possível concluir que o PIRADS é um fator preditor de ETE e dessa forma deve ser considerado para a individualização do planejamento e aconselhamento quanto ao seu respectivo tratamento de cada paciente.
Área
Uro-Oncologia
Instituições
Hospital Cardio Pulmonar - Bahia - Brasil
Autores
ANTONIO VITOR NASCIMENTO MARTINELLI BRAGA, MATHEUS FRANCO QUADROS CORTES, DIMITRI PORTO FAHEL, JOÃO GABRIEL CORREIA TORRES, GUSTAVO DIAS ARAÚJO, FRANCO ANDRES DEL POZO, FILIP MESSIAS SANTANA PRADO, SHELDON PERRONE DE MENEZES, RAFAEL ROCHA TOURINHO, LUCAS TEIXEIRA BATISTA