39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

CORRENTE DE BAIXA E MEDIA FREQUENCIA NO TRATAMENTO DA BEXIGA HIPERATIVA FEMININA: RESULTADOS PRELIMINARES DE ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO

Introdução e Objetivo

Eletroestimulação de baixa frequência tem sido eficaz no tratamento de sintomas de bexiga hiperativa. No entanto, corrente de média frequência não é comumente utilizada. Objetivou-se comparar a eficácia da eletroestimulação transcutânea de baixa e média frequência no tratamento da bexiga hiperativa.

Método

Trata-se de ensaio clínico randomizado, com mulheres entre 18 e 65 anos, com bexiga hiperativa. Avaliação antes e após tratamento: questionários e diário miccional. Após o tratamento: Escala Visual Analógica e Escala Likert. Randomização em 4 grupos: parassacral com baixa (GA) e média (GB) frequência, tibial com média frequência (GC) e parassacral domiciliar com baixa frequência (GD). Tratamento dos grupos A, B e C: 30 sessões, 3x/semana, intensidade no limiar sensitivo e eletrodos autoadesivos na região parassacral ou em tibial, conforme grupo. Para baixa frequência, TENS com frequência de 10 Hz por 20 minutos. Para média frequência, corrente AUSSIE com frequência de 4 KHz e burst de 100 Hz por 30 minutos. GD: 70 sessões diárias com parâmetros como GA.  

Resultados

As características sociodemográficas e clínicas dos grupos foram homogêneas. A tabela 1 mostra os resultados da resposta clínica das 23 participantes do estudo. Sem diferença estatística intergrupos. Tabela 1: Comparação antes e após tratamento. GA- grupo A, GB- grupo B, GC- grupo C, GD- grupo D, EVA- escala analógica visual, CVM- capacidade vesical máxima Variáveis GA Antes     Após GB Antes          Após GC Antes  pós GD Antes        Após ICIQ-OAB P valor (n=5) 7±2,4   5,4±2,1 0,306 (n=5) 11,7±2,4    5,3±3,6 0,032* (n=4) 11±2      9±1 0,184 (n=5) 6,2±2,5    6,2±3,6 0,999 EVA   P valor (n=7) 4±2,5   8,3±1,8  0,028* (n=7) 2,4±2,5     8,3±1,8  0,020* (n=5) 2,3±2,8  8±2 0,019* (n=6) 3,1±2,2  6,9±2,2 0,011* Likert Inalterado Satisfeita Muito satisfeita (n=7) 0 3 (42,9) 4 (57,1) (n=5) 1 (20) 2 (40) 2 (40) (n=4) 0 3 (75) 1 (25) (n=7) 1 (14.3) 6 (85.7) 0 CVM     P valor   420±187 476±226 0,237   400±210 476±226 0,448   333±57 360±103 0,776   292±78 320±193 0,675  

Conclusão

A partir da percepção de melhora das pacientes, não há uma corrente terapêutica superior à outra e todas parecem trazer efeito terapêutico satisfatório a essas mulheres. 

Área

Disfunções Miccionais: IU / Urologia Feminina / Uroneurologia / Urodinâmica

Instituições

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Bahia - Brasil

Autores

SUELLE CAETANO, PRISCILA GODOY JANUÁRIO, ALCINA TELES, CARINA OLIVEIRA DOS SANTOS, DANIELLE SANTANA MACÊDO SODRÉ, MAURICIO DE FREITAS VIEIRA, MICHELE SANTIAGO DOS SANTOS FERREIRA, NINA BASTOS DOURADO LINO, VITOR SEVANI MAGGITTI SOUZA, PATRICIA LORDELO