Dados do Trabalho
Título
CORRENTE DE BAIXA E MEDIA FREQUENCIA NO TRATAMENTO DA BEXIGA HIPERATIVA FEMININA: RESULTADOS PRELIMINARES DE ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO
Introdução e Objetivo
Eletroestimulação de baixa frequência tem sido eficaz no tratamento de sintomas de bexiga hiperativa. No entanto, corrente de média frequência não é comumente utilizada. Objetivou-se comparar a eficácia da eletroestimulação transcutânea de baixa e média frequência no tratamento da bexiga hiperativa.
Método
Trata-se de ensaio clínico randomizado, com mulheres entre 18 e 65 anos, com bexiga hiperativa. Avaliação antes e após tratamento: questionários e diário miccional. Após o tratamento: Escala Visual Analógica e Escala Likert. Randomização em 4 grupos: parassacral com baixa (GA) e média (GB) frequência, tibial com média frequência (GC) e parassacral domiciliar com baixa frequência (GD). Tratamento dos grupos A, B e C: 30 sessões, 3x/semana, intensidade no limiar sensitivo e eletrodos autoadesivos na região parassacral ou em tibial, conforme grupo. Para baixa frequência, TENS com frequência de 10 Hz por 20 minutos. Para média frequência, corrente AUSSIE com frequência de 4 KHz e burst de 100 Hz por 30 minutos. GD: 70 sessões diárias com parâmetros como GA.
Resultados
As características sociodemográficas e clínicas dos grupos foram homogêneas. A tabela 1 mostra os resultados da resposta clínica das 23 participantes do estudo. Sem diferença estatística intergrupos. Tabela 1: Comparação antes e após tratamento. GA- grupo A, GB- grupo B, GC- grupo C, GD- grupo D, EVA- escala analógica visual, CVM- capacidade vesical máxima Variáveis GA Antes Após GB Antes Após GC Antes pós GD Antes Após ICIQ-OAB P valor (n=5) 7±2,4 5,4±2,1 0,306 (n=5) 11,7±2,4 5,3±3,6 0,032* (n=4) 11±2 9±1 0,184 (n=5) 6,2±2,5 6,2±3,6 0,999 EVA P valor (n=7) 4±2,5 8,3±1,8 0,028* (n=7) 2,4±2,5 8,3±1,8 0,020* (n=5) 2,3±2,8 8±2 0,019* (n=6) 3,1±2,2 6,9±2,2 0,011* Likert Inalterado Satisfeita Muito satisfeita (n=7) 0 3 (42,9) 4 (57,1) (n=5) 1 (20) 2 (40) 2 (40) (n=4) 0 3 (75) 1 (25) (n=7) 1 (14.3) 6 (85.7) 0 CVM P valor 420±187 476±226 0,237 400±210 476±226 0,448 333±57 360±103 0,776 292±78 320±193 0,675
Conclusão
A partir da percepção de melhora das pacientes, não há uma corrente terapêutica superior à outra e todas parecem trazer efeito terapêutico satisfatório a essas mulheres.
Área
Disfunções Miccionais: IU / Urologia Feminina / Uroneurologia / Urodinâmica
Instituições
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Bahia - Brasil
Autores
SUELLE CAETANO, PRISCILA GODOY JANUÁRIO, ALCINA TELES, CARINA OLIVEIRA DOS SANTOS, DANIELLE SANTANA MACÊDO SODRÉ, MAURICIO DE FREITAS VIEIRA, MICHELE SANTIAGO DOS SANTOS FERREIRA, NINA BASTOS DOURADO LINO, VITOR SEVANI MAGGITTI SOUZA, PATRICIA LORDELO