Dados do Trabalho

Título

COMPARAÇAO DOS RESULTADOS FUNCIONAIS (FUNÇAO ERETIL E CONTINENCIA URINARIA) ENTRE AS TECNICAS DE PROSTATECTOMIA RADICAL ROBOTICA COM LIGADURA DA VEIA DORSAL VERSUS PRESERVAÇAO DE FASCIA ENDOPELVICA VERSUS RETZIUS SPARING

Introdução e Objetivo

Novas técnicas de prostatectomia radical para o tratamento do câncer de próstata vêm sendo discutidas a fim de reduzir complicações pós-cirúrgicas, em especial relacionadas à incontinência urinária (IU) e à disfunção erétil (DE). Tradicionalmente, a prostatectomia radical é realizada via abordagem anterior, com manipulação do da fáscia endopélvia e complexo da veia dorsal do pênis. A técnica Retzius-sparing consiste na remoção prostática posteriormente, passando direto pela escavação retovesicial e, em teoria, promove preservação do complexo da veia dorsal do pênis e da fáscia endopélvica. O objetivo da pesquisa foi comparar os resultados funcionais (IU e DE) entre as técnicas de prostatectomia radical robótica com ligadura da veia dorsal versus preservação de fáscia endopélvica versus retzius-sparing.

Método

Uma revisao sistemática que utlizou bases de dados do PubMed, Scielo e Cochrane com os descritores: “prostatectomia”; “robótica”; “retzius sparing”; “fáscia endopélvica”; “ligadura”; “veia dorsal”. Apenas ensaios clínicos randomizados (ECR) comparando ao menos uma das técnicas abordando a temática pós-operatória de pacientes com câncer de próstata submetidos a prostatectomia radical robótica nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os artigos que não apresentavam resultados conclusivos, sem resumo disponível e texto completo indisponível foram excluídos. Dos 249 artigos analisados, foram selecionados 5 artigos, os quais apresentaram de forma clara e concisa.

Resultados

Dos 5 artigos, 4 comparavam prostatectomia radical robótica com ligadura da veia dorsal com retzius-sparing e 1 artigo comparou técnica de preservação da fáscia endopélvica com a ligadura da veia dorsal. Todas as técnicas apresentaram desfechos satisfatórios a longo prazo. Analisando o tempo de recuperação, a técnica de retzius-sparing revelou ter tempo de recuperação menor em relação à técnica de ligadura da veia dorsal, observando continência urinária e função erétil em até 3 meses após a cirurgia. A preservação da fáscia endopélvica não demonstrou diferenças relevantes em comparação à técnica de ligadura da veia dorsal quando analisados os desfechos funcionais em qualquer período pós-operatório.

Conclusão

Em curto prazo, retzius-sparing demonstrou menor tempo de recuperação, mas não teve vantagem persistente além de 6 meses comparado às demais técnicas.