39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

IMPLANTE DE PROTESE PENIANA INFLAVEL POR INCISAO PENOESCROTAL: REVISAO DA LITERATURA SOBRE VIAS DE ACESSO E VIDEO DEMONSTRATIVO

Introdução e Objetivo

Diversas vias de acesso foram descritas na literatura, sendo a primeira descrição de prótese peniana inflável feita pelo Dr. Brantley Scott na década de 70 por meio de uma incisão suprapúbica. Desde então, incisão penoescrotal, infrapúbica e subcoronal foram desenvolvidas. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão da literatura sobre as diferentes vias de acesso, avaliando os benefícios e riscos de cada uma no implante do dispositivo e fornecer vídeo demonstrativo didático da técnica utilizada para inserção via penoescrotal.

Método

Demonstração de técnica de implementação via penoescrotal em serviço de residência de São Paulo. Realizada uma extensa busca nas bases de dados científicas da PubMed, utilizando as palavras chaves: “inflatable penile prothesis approaches”; “penoescrotal”; “infrapubic”;”subcoronal” para levantamento de revisão de literatura.

Resultados

A via penoescrotal é a via mais utilizada devido à facilidade de acesso, baixo tempo cirúrgico e aspecto estético satisfatório. A via infrapúbica oferece aspecto estético menos satisfatório na maioria dos casos, além do potencial risco de lesão do feixe neurovascular, maior preocupação em relação à esse acesso. Entretanto, possibilita melhor manipulação dos componentes da prótese e ativação e utilização mais precocemente para casos com boa evolução. Já a via subcoronal é técnica relativamente mais recente, oferece maior exposição da albugínea, do feixe neurovascular e uretra, além de possibilitar manobras de modelamento peniano nos casos de Doença de Peyronie grave (curvatura maior que 60°, intensa fibrose e calcificação). Pode ter limitações em casos de próteses de maior tamanho. A infecção é uma das principais complicações relatadas, com incidência semelhante entre as vias. No entanto, a necessidade de revisão cirúrgica foi mais frequente na via subcoronal, devido a complicações como erosão ou falha do dispositivo. A taxa de satisfação foi equivalente entre as vias de acesso.

Conclusão

A escolha da via de acesso na implantação da prótese peniana inflável deve ser individualizada, levando em consideração particularidades anatômicas do paciente, experiência do cirurgião e preferências pessoais. A compreensão das vias de acesso auxilia na tomada de decisão e contribui para resultados satisfatórios no implante da prótese.

Área

Disfunção Sexual

Instituições

IAMSPE - São Paulo - Brasil

Autores

RAUL LOURES, EDUARDO BERNA BERTERO, RAFAEL FAVARO AMBAR, RENATO PANHOCA, WAGNER APARECIDO FRANÇA, MURILO CASTRO GARROTE, ESTEVÃO CONTAGE AMIN, LUCAS MARTINUCCI DE OLIVEIRA, LUCAS ARRAIS CHAVES NASCIMENTO, LUIS AUGUSTO SEABRA RIOS