Dados do Trabalho

Título

DOENÇA PILONIDAL DA GLANDE: APRESENTAÇAO RARA DE UMA DOENÇA COMUM

Introdução e Objetivo

A doença pilonidal é uma afecção da pele e do tecido subcutâneo, com uma incidência de 26 a cada 100.000 habitantes, sendo duas a quatro vezes mais comum em homens que em mulheres. Seu sítio principal de ocorrência é a região sacrococcígea e, menos comumente, apresenta-se em fenda interdigital, períneo, axila, região umbilical, membros amputados e mamas. O presente trabalho aborda um paciente com doença pilonidal acometendo a glande, uma manifestação clínica com poucos casos reportados na literatura. A topografia atípica da lesão na glande favorece a teoria de gênese adquirida para a doença pilonidal. O objetivo deste estudo é sugerir hipóteses para o achado descrito, colaborando para uma melhor compreensão do desenvolvimento de lesões foliculares em regiões atípicas.  

Método

Análise retrospectiva com coleta de dados por revisão de prontuário e exames de imagem.

Resultados

Paciente de 54 anos, sexo masculino, com queixa de lesão nodular no pênis há cinco meses. Ao exame físico, pênis hiperemiado, sem tortuosidade, observando-se orifício com saída de pelo na glande.                               O tratamento definitivo instituído foi a exérese da lesão e encaminhamento da amostra para análise histopatológica. 

Conclusão

Antes vista como de caráter congênito, a doença pilonidal atualmente é entendida como sendo de caráter adquirido. Embora sua fisiopatologia não esteja totalmente esclarecida, sua apresentação tradicional na região sacrococcígea envolve estiramento de pele e subcutâneo com implantação do pelo, o qual é nutrido por detritos e partículas regionalmente acumuladas, evoluindo para inflamação local. A apresentação da doença pilonidal na glande reforça a gênese adquirida da doença e suscita novos estudos que corroborem para a elucidação completa de sua fisiopatologia, especialmente em topografias atípicas.