Dados do Trabalho
Título
Avaliação da aplicação da ferramenta Trabecular Bone Score (TBS®) na determinação do risco de fratura por osteoporose em pacientes submetidas a densitometria óssea na região sul do Brasil
Introdução
A densitometria óssea (DO) é um exame de baixa complexidade, considerado padrão ouro no diagnóstico da osteoporose e no acompanhamento do risco de fraturas. Entretanto, observa-se que mais de 50% das fraturas nos idosos, ocorrem quando estão na classificação osteopênica o que indica que outros fatores não apresentados no exame de DO precisam ser considerados. Assim, esse trabalho consistiu em avaliar a aplicação da ferramenta Trabecular Bone Score (TBS®) na determinação do risco de fratura por osteoporose em pacientes submetidos a densitometria óssea em um serviço de radiologia na região sul do Brasil. Assim, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a aplicação da ferramenta Trabecular Bone Score (TBS®) na determinação do risco de fratura por osteoporose em pacientes submetidos a densitometria óssea em um serviço de radiologia na região sul do Brasil.
Casuística e Métodos
A coleta das amostras ocorreu em um equipamento Dual-Energy X-Ray Absorptiometry (DXA), selecionando valores de densidade mineral óssea (DMO) de 50 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária entre 60-90 anos, que realizaram exame de DO de coluna lombar. A primeira parte do estudo consistiu na seleção, por amostragem aleatória, de exames com valores de DMO na faixa osteopênica extraídos a partir do relatório DXA. Após isso, os dados dos exames selecionados foram importados para o software TBS®. Foram analisados: o diagnóstico informado no novo relatório e o risco por meio da combinação dos valores de TBS e T-score DMO, ambos da região da coluna lombar.
Resultados
Do total de exames avaliados em ambos os sexos (18) 36% apresentaram T-Score DMO na faixa da normalidade e 32 (64%) na faixa osteopênica. Em relação a pontuação TBS 33 (66%) apresentaram valores na faixa da normalidade (>1,300) e 14 (28%) apresentaram valores na faixa de (1,200 - 1,300), e apenas 3 (6%) valores inferiores à 1,200. A analise dos resultados obtidos indicam que três pacientes osteopênicas foram classificadas com risco entre A3 a B1, porém após avaliação pelo TBS a mesma paciente foi reclassificada na classe B3, que representa um risco superior de fratura osteoporótica em cerca de 10 a 14 em cada 1000 mulheres por ano, indicando que o risco de fratura combinado dessas pacientes é semelhante ao do risco de fratura de uma paciente osteoporótica.
Conclusões
O risco de fratura em pacientes osteopênicas pode ser reavaliado por meio da ferramenta TBS, apresentando valores mais condizentes com a real situação da arquitetura ósse das pacientes avaliados.
Palavras Chave
Densitometria; Osteoporose, Fraturas, Trabecular bone score, Tecnologia.
Área
Radiologia Geral, D.O., Física, Contrastes, Proteção Radiológica
Instituições
IFSC - Santa Catarina - Brasil
Autores
Andrea Huhn, Daiane Cristini Barbosa de Souza, Estéfany Zimmermann, Gerusa Ribeiro, Juliana Almeida Coelho de Melo, Carlos Eduardo Borges de Queiroz