Dados do Trabalho


Título

Plexopatia braquial como primeira manifestação clínica de câncer de mama metastático: um relato de caso.

Introdução

A plexopatia braquial é uma complicação considerada rara em pacientes com câncer, que parece ser mais comum do que o descrito, com crescente número de casos relatados na literatura. Particularmente no contexto do câncer de mama, suas causas são principalmente relacionadas a infiltração tumoral metastática e radioterapia. Pode apresentar consequências funcionais significativas, como fraqueza dos membros superiores, limitação na amplitude de movimento do ombro e ainda linfedema maligno. Ressonância magnética é o exame de escolha para o diagnóstico. O PET- CT com FDG-18F tem sido de uso importante sobretudo na diferenciação entre tumor e sequela de radiação.

Descrição

Paciente do sexo feminino, 68 anos com história de câncer de mama bilateral, mastectomizada há 15 anos. Evolui com queixa de parestesia de membro superior esquerdo. Realizada eletroneuromiografia diagnóstica inicialmente para mononeuropatia moderada esquerda. A progressão para quadro severo levou à realização de ressonância magnética, que sugeriu possível lesão tumoral no plexo braquial esquerdo, corroborada por PET-CT com FDG-18F, que posteriormente mostrou tratar-se de metástase de câncer de mama. Os exames também foram diagnósticos de outros focos metastáticos na coluna vertebral e na escápula.

Discussão

O câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres em todo o mundo. A metástase de plexo braquial é ainda tida como rara no câncer de mama; entretanto, à medida que aumenta o número de pacientes acometidos pela doença, aumenta também o número de pacientes que apresentam essa complicação. Além disso, a plexopatia braquiai devido à recorrência do tumor ou metástase é mais comum na disseminação regional de tumores de mama do que em qualquer outro tipo de câncer. A fraqueza tem sido relatada na literatura como o sintoma mais comum, seguida de dor. As vezes pode ser difícil diferenciar a plexopatia por radiação daquela por metástase, no entanto, a ausência de radiação prévia, a presença de lesões em outros lugares, juntamente com uma revisão cuidadosa e interpretação dos dados de imagem e o uso crescente do PET-CT com FDG-18F, tornou isso possível, o que é muito importante para o adequado manejo do paciente.

Palavras Chave

Câncer de mama, metástase, plexo braquial, imagem, ressonância magnética.

Área

Musculoesquelético (incluindo USG)

Instituições

Real Hospital Português - Pernambuco - Brasil

Autores

Nathanny Thuanny de Oliveira Alves, Isadora Medeiros Leite Theberge, Daniela Nogueira Cruz, Francisco Hélio Oliveira Júnior, Mauro Henrique Tavares Dias, Claudia Borges Fontan Câmara, João Eduardo Freire da Fonte, Gilberto Moura de Brito Júnior, Francisco Aristófanes Coelho Sarmento Neto