Dados do Trabalho
Título
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS DO TÓRAX ANTERIOR
Introdução
Alterações do arcabouço ósseo anterior torácico são geralmente vistas em exames de imagem como algo inespecífico e inconclusivo. Muitas vezes achados incidentais do exame de imagem como calcificações, tumores ósseos e deformidades anatômicas são sinais importantes para realizar o diagnóstico de doenças ocultas e a correta identificação das lesões e diagnóstico atuam positivamente no prognóstico de doenças.
Descrição
O arcabouço ósseo torácico é formado por 12 pares de arcos costais, clavículas e esterno. Patologias comuns da região torácica anterior podem causar deformidades da caixa torácica, como o pectus excavatum (mais comum – 85% dos casos) e pectus carinatum, caracterizadas pelo desenvolvimento anormal das cartilagens costais na qual o esterno pode ser empurrado posteriormente, denominado pectus excavatum, ou anteriormente, pectus carinatum. Alguns autores relataram uma prevalência de aproximadamente 1% na população geral.
Calcificações das articulações costocondrais são consideradas fisiológicas em pacientes acima dos 30 anos de idade, mas também podem representar manifestações de uma doença de origem metabólica, por exemplo, com disfunção na mineralização. Além disso, doenças carenciais, como no caso do raquitismo e osteomalácia, ocorrem em caso de carência de substâncias essenciais ao processo de desenvolvimento das articulações esternocostais, causando anomalias do arcabouço torácico e deformidades anatômicas identificáveis aos métodos de imagem.
No grupo de doenças genéticas que acometem a região torácica anterior, a Síndrome de Poland corresponde a hipoplasia ou aplasia da musculatura torácica unilateral e alterações no membro superior ipsilateral, tendo prevalência média estimada entre 1:30.000 e 1:50.000.
Tumores ósseos como o osteocondroma correspondem a aproximadamente 20% a 50% de todos os tumores ósseos benignos. Os locais mais acometidos são os membros inferiores, sendo mais raros nos arcos costais. Possuem alta capacidade expansiva, podendo determinar complicações, sendo a mais temida a transformação sarcomatosa. A transformação dos osteocondromas para condrossarcomas pode ser observada em cerca de 1% dos osteocondromas solitários e em 3-5% dos pacientes com osteocondromatose familiar.
Dessa forma, o presente estudo revisa algumas das patologias que fazem parte do grupo de diagnósticos diferenciais de alterações do arcabouço torácico e que devem ser reconhecidas pelo radiologista em avaliações dos métodos de imagem do tórax.
Palavras Chave
Tórax anterior; arcos costais; calcificações; deformidades torácicas; tumores ósseos
Área
Musculoesquelético (incluindo USG)
Autores
LUCAS REZENDE FERRAZ RODRIGUES, EDUARDO JOSÉ MARIOTONI BRONZATTO, DANIEL MIRANDA FERREIRA, ANDRÉ HENRIQUE NOGUEIRA DE TOLEDO, ISABELI CAMILA MIYOSHI, RENAN DENADAI TURCI, ANTONIO REGIS COELHO GUIMARÃES