Dados do Trabalho

Título

A importância do suporte avançado de vida nos serviços de radiologia com administração de meio de contraste: relato de caso.

Introdução

D.S., 73 anos, feminino, comparece ao serviço para estadiamento por neoplasia de mama, nega alergias.
Após a injeção do meio de contraste venoso iodado a paciente apresentou dispneia, queda da saturação de oxigênio e expectoração com hemoptóicos. Imediatamente a equipe forneceu os cuidados necessários, levando à estabilidade.
A hipótese diagnóstica foi de Edema Agudo Pulmonar pós-contraste.

Descrição

As reações adversas aos meios de contraste podem ser classificadas em relação à temporalidade, severidade e fisiopatogenia.
A respeito da temporalidade, dividimos em agudas, até uma hora da administração do contraste, tardias, entre uma hora e sete dias, e muito tardias, após 7 dias.
A classificação de severidade é divida em leves (prurido, rubor), moderadas (taquicardia, rouquidão) ou graves (emergência hipertensiva, choque anafilático).
Em relação à fisiopatogenia podemos classificar como reações de não hipersensibilidade e reações de hipersensibilidade.
Edema agudo de pulmão (EAP) é classificado como reação aguda grave e não anafilactoide, e os sintomas mais comuns incluem dispneia, estertores creptantes e sudorese.
O diagnóstico é essencialmente clínico, e o início do tratamento deve ser imediato.
No caso descrito é observado a rápida evolução a partir das imagens tomográficas presentes nos slides.

Discussão

A incidência das reações adversas agudas varia de 5% a 15% para os meios de contraste iodados de alta osmolaridade.
É fundamental ter equipamentos para suporte como o carro de parada completo com desfibrilador, e todo aparato deve ser verificado com regularidade quanto à validade e funcionalidade.
Além do material oferecido, o serviço deve providenciar capacitação contínua dos profissionais, fornecendo maior segurança para o paciente e para a própria equipe.

Palavras Chave

tomografia; contraste; edema agudo de pulmão; iodo; reação adversa.